CARLOS RODRIGUES
Proprietário, arrendatário rural e empreiteiro de
mão de obra terão que se explicar com o Ministério Público do Trabalho e
Justiça do Trabalho, após caso registrado pela Polícia Militar de Júlio
Mesquita (35 km de Marília), nesta sexta-feira. Pelo menos nove
trabalhadores eram mantidos em condições análogas à escravidão em uma
lavoura de mandioca. A exploração foi descoberta depois que um
trabalhador fugiu do local e abordou uma viatura no município.
O homem, que teve a identidade protegida pela
polícia, relatou que o grupo estava sem registro em carteira, com
salário atrasado e vivia em condições precárias de alojamento. A
“empresa” também não fornecia nenhum EPI (equipamento de proteção
individual).
Os patrulheiros estiveram na lavoura e constataram a
denúncia. Um dos trabalhadores, inclusive, relatou ser explorado há
oito anos. Sete homens estavam no campo, um oitavo preparava almoço em
condições precárias e mais um homem estava doente e afastado do serviço,
sem nenhuma garantia trabalhista.
A Polícia Militar tentou acionar, no local, fiscais
ou representantes de órgãos competentes para intervenção imediata,
porém, devido a dificuldade de acesso e indisponibilidade de pessoal
para esta sexta-feira, ninguém compareceu.
O caso será relatado à Polícia Civil e ao
Ministério Público do Trabalho. Os responsáveis pela exploração poderão
sofrer sanções administrativas junto ao Ministério do Trabalho e ainda
responder criminalmente por submeter trabalhador à condição análoga à
escravidão.
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