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Postado em 05/02/2014 às 01:00
Período de estiagem pode provocar racionamento em cidades de São Paulo
Consumidores abastecidos pelo sistema Cantareira ganham desconto de 30% na conta de água
Categoria: Geral
SECA - Represa do sistema Cantareira reflete a situação vivida -
FABIELE FORTALEZA
Estiagem e possível racionamento de água foram os assuntos que
estamparam as capas dos principais jornais de todo o estado de São Paulo
na última terça-feira (4). Com uma seca atípica no verão, muitos
reservatórios de água estão abaixo do limite indicado. A falta de chuva
já antecipa um possível racionamento em algumas das principais cidades
do estado.
Segundo o jornal “Agora São Paulo”, São Carlos, Descalvado e Sorocaba
já estão sofrendo com a falta de água mesmo sem adotar a medida de
economia. As cidades estudam a possibilidade de racionamento para os
próximos meses. A região de Campinas, que tem 5,5 milhões de pessoas que
são abastecidas pelo sistema Cantareira, espera por chuvas até metade
de fevereiro. Caso contrário, os municípios podem sofrer racionamento de
água que vai incluir multas de até três vezes o valor da última conta
de quem for pego desperdiçando água. Os reservatórios da Cantareira
estão com apenas 21,4% da capacidade e abastecem também 8 milhões de
pessoas da região metropolitana de São Paulo.
Janeiro é historicamente conhecido como o mês mais chuvoso do ano. No
entanto, janeiro de 2014 foi registrado como o mais seco das últimas
décadas. Devido ao período de estiagem, Valinhos (a 385 km de Marília)
começou o racionamento na segunda-feira (3).
Na região de Marília algumas cidades também já estão em alerta. O
baixo nível dos reservatórios de água é uma preocupação constante. Em
Bauru (a 120 km de Marília), dos reservatórios existentes na cidade,
quatro registram nível abaixo do recomendado. De acordo com a assessoria
do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Bauru, esses reservatórios,
que atendem quatro bairros, são abastecidos durante o período da noite,
quando o consumo diminui. E até às 14h não há problema de falta de água.
Contudo, após esse horário, o serviço entra em colapso. “É um problema
com o qual conseguimos lidar. Não falta água por um tempo prolongado”,
informa a assessoria de imprensa, que não vê necessidade de um possível
racionamento no município.
Em Presidente Prudente (a 177 km de Marília), segundo informações da
assessoria de imprensa da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo), não há riscos de racionamento, pois a cidade conta
com três captações de água. Uma no rio do Peixe, responsável por 70% do
abastecimento do município, uma no rio Santo Anastácio, responsável
pelos outros 30% e uma captação emergencial no Balneário da Amizade.
Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em
declaração dada ontem (4) em um evento para anunciar a construção de 30
mil casas, no momento não será realizado racionamento de água no Estado.
A melhor medida, segundo ele, é oferecer desconto de 30% na conta de
quem reduzir o consumo em no mínimo 20%. Alckmim afirma que a estratégia
é “suficiente”.
O governador também falou que há uma previsão de chuvas para a partir
de 15 de fevereiro. Segundo Alckmin, as chuvas vão reabastecer os
reservatórios e livrar o estado de um possível racionamento
generalizado.
No sábado (1º), a Sabesp anunciou o desconto de 30% na conta de quem
economizar água. O objetivo é incentivar a queda no consumo por causa da
falta de chuva, que reduziu o nível das represas do sistema Cantareira.
O desconto vale apenas para os consumidores abastecidos por esse
sistema.
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