quarta-feira, 6 de março de 2013

Inclusão na lista negra do comércio recua 5% no primeiro bimestre

Nos dois primeiros meses, 4.011 consumidores entraram no sistema de crédito

COMÉRCIO - Coordenador do SCPC de Marília, Carlos Bitencourt Jorge - Foto: Arquivo
A popularização do uso do cartão de crédito vem ocasionando quedas consecutivas nas inclusões de nomes sujos na lista do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Segundo balanço do órgão, que é vinculado a Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), o número de consumidores com nome sujo no comércio recuou 5% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Em janeiro e fevereiro, 4.011 consumidores entraram no sistema de crédito. Já no primeiro bimestre do ano passado foram 4.223 incluídos no SCPC. Na análise do mês de fevereiro, a queda no número de inclusões foi ainda mais acentuada. No último mês 1.709 consumidores não quitaram suas contas, ante 1.875 do segundo mês de 2012, o que equivale a um recuo de 8%. No comparativo a janeiro, o mês de fevereiro também registrou menor número de consumidores incluídos na lista negra, no primeiro mês deste ano foram 2.302 consumidores.
Segundo o coordenador do SCPC de Marília, Carlos Bitencourt Jorge, a queda está relacionada ao crescimento do uso de cartões de crédito, razão pela qual o dirigente também relaciona com o aumento no número de exclusões do sistema. “Isto quer dizer que mais pessoas passaram a ter o crédito de volta. A queda era esperada diante da alta das negociações através dos cartões de crédito, débito e de benefícios”.
Os dados do SCPC também mostram que no primeiro bimestre 3.452 conseguiram quitar suas dívidas e voltar a ter o nome limpo, ante 2.888 pessoas no mesmo período de 2012, uma alta de 19%. Apenas em fevereiro, 1.842 consumidores foram excluídos da lista de devedores. No segundo mês de 2012, esse total era de 1.333. Em comparação a janeiro, o último mês também teve resultado superior. No primeiro mês foram excluídos 1.610 consumidores.
Os dados sobre os CPF, ou seja, as consultas sobre pessoas físicas registraram queda de 10% no bimestre, quando foram realizadas 62.808 consultas. No mesmo período do ano passado foram registradas 69.919 consultas. A queda de fevereiro deste ano para o segundo mês do ano passado foi de 14,3%. Em fevereiro de 2012 foram realizadas 33.566 consultas de CPFs diante das 28.740 consultas realizadas este ano.
A estatística do SCPC também revelou crescimento nas consultas jurídicas de 1,02% e no mês de fevereiro. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a alta foi de 4,55%. O presidente da Acim, Libânio Victor Nunes de Oliveira acredita que os dados demonstram o aumento do desejo de negociações entre as empresas. “As consultas jurídicas envolvem os CNPJs das empresas. É sempre melhor saber as condições com quem está negociando, porém as consultas não representam negócios fechados”, finaliza Oliveira.




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