Estado abre 40 vagas para internações de dependentes
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, a intenção é intensificar o combate ao crack
O HEM (Hospital Espírita de Marília) - que possui uma ala anexa
para dependentes químicos - e o Hospital Andre Luiz, de Garça, terão, em
breve, mais 20 vagas cada para a internação de dependentes químicos.
Governo do Estado determina que hospitais de todo o Estado recebam
internações involuntárias de drogados através da Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, a
intenção é intensificar o combate ao crack. A justificativa é que além
da polícia combater o tráfico, usuários precisam de tratamento. Segundo o
órgão, as vagas serão voltadas para casos mais graves.
A internação involuntária já ocorre no Estado. O que muda com a
decisão é que hospitais que já fazem o trabalho de ressocialização terão
de abrir mais vagas para os dependentes químicos. O processo continua o
mesmo. O pedido é feito através da promotoria competente e a justiça
analisa se o pedido é procedente ou não.
O promotor da Vara de Infância e Juventude, Jurandir Affonso,
concorda com medida e diz que em Marília já encaminha diversos casos de
forma involuntária há alguns anos. “Entendo que a pessoa não tem mais
discernimento do que é bom ou ruim em um grau muito elevado do vício e é
necessária a internação”, fala.
Segundo ele, os casos são comuns tanto para menores quanto para
maiores de idade. “Existem casos e casos, mas em uma situação que a mãe é
usuária de droga e o filho também, ou uma mulher gestante é usuária,
tem que internar para tentar minimizar as consequências da droga na vida
da criança. De alguns casos que não chegaram à promotoria, sabemos que
ocorreu até o aborto, ou seja, a decisão não cabe somente ao usuário”,
alega.
Para o promotor, embora o efeito seja relativo de acordo com o
comportamento pós-tratamento de cada usuário, na maioria dos casos o
resultado é positivo. “Até porque o que acontece também é que pela
pessoa não querer ficar internada, ela começa a aceitar o tratamento
laboratorial, o que também surte um efeito ou outro”, diz. Apesar de
concordar com a medida, o promotor diz que o país não tem hospitais
suficientes e em boas condições para suportar demanda.
Hoje o HEM possui 30 leitos. O trabalho é realizado com 20
dependentes químicos entre 14 e 18 anos. O autônomo Roberto Rolim Goes,
57, é pai de um dependente químico que está internado no HEM há 20 dias.
Segundo ele, o filho confessou em setembro do ano passado que fazia uso
de drogas e pediu ajuda. Para ele, tratamento involuntário não surte
tantos efeitos quanto o feito por vontade própria.
O HEM (Hospital Espírita de Marília) - que possui uma ala anexa para dependentes químicos - e o Hospital Andre Luiz, de Garça, terão, em breve, mais 20 vagas cada para a internação de dependentes químicos. Governo do Estado determina que hospitais de todo o Estado recebam internações involuntárias de drogados através da Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, a intenção é intensificar o combate ao crack. A justificativa é que além da polícia combater o tráfico, usuários precisam de tratamento. Segundo o órgão, as vagas serão voltadas para casos mais graves.
A internação involuntária já ocorre no Estado. O que muda com a decisão é que hospitais que já fazem o trabalho de ressocialização terão de abrir mais vagas para os dependentes químicos. O processo continua o mesmo. O pedido é feito através da promotoria competente e a justiça analisa se o pedido é procedente ou não.
O promotor da Vara de Infância e Juventude, Jurandir Affonso, concorda com medida e diz que em Marília já encaminha diversos casos de forma involuntária há alguns anos. “Entendo que a pessoa não tem mais discernimento do que é bom ou ruim em um grau muito elevado do vício e é necessária a internação”, fala.
Segundo ele, os casos são comuns tanto para menores quanto para maiores de idade. “Existem casos e casos, mas em uma situação que a mãe é usuária de droga e o filho também, ou uma mulher gestante é usuária, tem que internar para tentar minimizar as consequências da droga na vida da criança. De alguns casos que não chegaram à promotoria, sabemos que ocorreu até o aborto, ou seja, a decisão não cabe somente ao usuário”, alega.
Para o promotor, embora o efeito seja relativo de acordo com o comportamento pós-tratamento de cada usuário, na maioria dos casos o resultado é positivo. “Até porque o que acontece também é que pela pessoa não querer ficar internada, ela começa a aceitar o tratamento laboratorial, o que também surte um efeito ou outro”, diz. Apesar de concordar com a medida, o promotor diz que o país não tem hospitais suficientes e em boas condições para suportar demanda.
Hoje o HEM possui 30 leitos. O trabalho é realizado com 20 dependentes químicos entre 14 e 18 anos. O autônomo Roberto Rolim Goes, 57, é pai de um dependente químico que está internado no HEM há 20 dias. Segundo ele, o filho confessou em setembro do ano passado que fazia uso de drogas e pediu ajuda. Para ele, tratamento involuntário não surte tantos efeitos quanto o feito por vontade própria.