quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Associação dos Deficientes Físicos elege nova diretoria

Críticas são feitas em relação às rampas que, segundo ele, ainda são insuficientes e, na maioria dos casos, está fora dos padrões para as cadeiras de roda

ASSOCIAÇÃO - Dorival Galina, AADEF. Entidade defende acessibilidade como direito do cidadão - Foto: Ricardo Prado


A AADEF (Associação de Apoio ao Deficiente Físico) elegeu no último dia 15 a nova diretoria para o triênio 2013-2015. O objetivo da entidade é a busca da acessibilidade como direito do cidadão e não como regalia. Segundo o tesoureiro da entidade, Dorival Galina, a falta da acessibilidade é um problema que se arrasta há anos e que sem ações efetivas compromete a qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais.
De acordo com ele, um projeto de acessibilidade que engloba todos os setores de Marília já foi encaminhado ao poder público na gestão anterior, sem avanços. Agora, conforme informações do setor de Planejamento da Prefeitura, deverá ser revisto pela atual administração.
Na avaliação de Galina, a falta de acessibilidade está presente no transporte, prédios, restaurantes, hotéis e demais espaços público. “Temos encontrado muitos problemas nas vagas de estacionamento reservadas ao deficiente. O espaço está ali, mas acaba sendo desrespeitado, usado por quem não precisa. Isso se tornou uma prática muito comum nos shoppings e supermercados”, comenta.
Longe de ser um problema somente de Marília, a acessibilidade é um desafio para pessoas com deficiência em todo o País. “Infelizmente o que mais se vê quando se fala em atenção às pessoas portadoras de necessidades especiais é o desrespeito ao direito básico do cidadão, que é o de ir e vir”, critica.
Para o cadeirante Marcelo Alexandre Barbosa, as dificuldades encontradas pelos portadores de necessidades especiais são enormes e a luta pela garantia de direitos, eterna. “Além da acessibilidade, a falta de mobilidade é um dos grandes problemas enfrentados pelos deficientes. A cidade não se organizou para isso,” comenta.
De acordo com ele, o direito esbarra na burocracia. “Temos direito a uma série de benefícios, mas fazer valer é o mais difícil”, afirmou. Apesar disso, Barbosa acredita que muita coisa já melhorou, a exemplo do transporte coletivo. A empresa dispõe de um ônibus adaptado por linha. “O problema é que o ônibus adaptado atende a todos os passageiros, já o convencional não atende o cadeirante. Se um carro quebra, ficamos na mão”, comentou.
Críticas também são feitas em relação às rampas que, segundo ele, ainda são insuficientes e, na maioria dos casos, está fora dos padrões para as cadeiras de roda. “Eu mesmo já cai uma vez por causa da rampa ser muito íngreme. Diante de tantas dificuldades, na rua, não sou ninguém. A gente precisa ser visto como cidadão e ter nossos direitos respeitados”, frisou.
A Associação dos Deficientes Físicos está em novo endereço, na rua Amazonas, 527.

 

 

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