sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Técnico Gilson Kleina não deve ficar no comando do Palmeiras para 2014

A notícia sobre a negociação de Vilson não apenas afetou a atuação do time ante o Atlético-PR, mas também estremeceu a relação de Kleina com a diretoria alviverde

PALMEIRAS - “Sei do trabalho que estamos fazendo. Cabe ao presidente analisar”, disse Gilson Kleina
Quarta-feira à tarde, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, fica extremamente irritado. Ao embarcar para Curitiba, onde assistiria ao jogo contra o Atlético-PR, é informado por José Carlos Brunoro, seu principal executivo, que Vilson, zagueiro titular do Palmeiras, está muito próximo de deixar o clube.
Ao mesmo tempo, em Curitiba, horas antes da partida decisiva pela Copa do Brasil, Gilson Kleina recebe a mesma informação. O treinador se enfurece da mesma maneira que Paulo Nobre, mas com alvo distinto: a diretoria.
O presidente ficou irritado pois não tinha o que fazer, já que Vilson pertence ao Grêmio. E principalmente porque está montando a equipe para o centenário do clube, em 2014, ano em que vai inaugurar seu novo estádio.
O Palmeiras vai arrecadar R$ 700 mil com a negociação de Vilson, como forma de indenização por quebra do contrato de empréstimo.
A notícia sobre a negociação de Vilson não apenas afetou a atuação do time ante o Atlético-PR, mas também estremeceu a relação de Kleina com a diretoria alviverde.
Do lado do treinador, o mantra a ser seguido prevê vencer a Série B, subir o time para a primeira divisão, mas a permanência em 2014 é dada como inviável.
Dentro do Palmeiras, cada vez mais há quem defenda a saída do treinador após o término do Brasileiro. O presidente Paulo Nobre, no entanto, ainda não está convicto de que essa é a melhor saída.
Mesmo assim, é praticamente certo que Kleina não será o treinador da equipe no ano do centenário, mas a troca no comando da equipe não acontecerá agora, às pressas.
E o caso de Vilson é o mais recente estopim para esses questionamentos. Após a eliminação para o Atlético-PR na Copa do Brasil, que colocou fim ao sonho do time de disputar a Libertadores no ano do centenário, Nobre expôs sua insatisfação.
“Sem sombra de dúvida, ser eliminado assim é vergonha para todos. Não fizemos grande partida, temos de pontuar tudo e tirar lição disso. A cobrança tem de existir em todos os segmentos do clube”, afirmou o cartola.
Kleina negou estar preocupado em ser dispensado. “Não temo, não tenho receio [de ser demitido]. Sei do trabalho que estamos fazendo. Cabe ao presidente analisar.”
Um nome é apontado como o preferido para 2014: Vanderlei Luxemburgo. O treinador tem contrato com o Fluminense até dezembro deste ano e é querido pela cúpula alviverde.
Luxemburgo trabalhou com Nobre em 2008 no Palmeiras, quando o cartola era diretor de planejamento. Com Brunoro, foi bicampeão brasileiro na década de 90, também à frente do Palmeiras.
No sábado, às 21h, o Palmeiras enfrenta o Ceará pela Série B, em Fortaleza. Com 40 pontos, a equipe paulista está na liderança do torneio.



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