Corinthians joga contra Millonarios no Pacaembu e não contará com torcida
Diretoria não conseguiu alterar a medida
cautelar que obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a
decisão final, que pode demorar até 60 dias
A festa do reencontro entre o Corinthians, sua torcida e seu
torneio favorito se transformou em uma tensão precoce, uma partida a ser
disputada em um Pacaembu completamente às moscas.
O Corinthians faz hoje, às 22h, sua estreia em casa pela
Libertadores, contra o Millonarios, da Colômbia, uma semana após a morte
de um torcedor boliviano em Oruro, sem sua grande força e orgulho de
2012: a torcida.
A diretoria não conseguiu alterar a medida cautelar da Conmebol que
obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a decisão final,
prevista para até 60 dias.
O final perfeito da temporada passada, cuja euforia aumentou com as
contratações que somaram R$ 60 milhões, virou um início de temporada
turbulento. O jogo de hoje é apenas o 11º de 2013, mas já carrega uma
carga de tensão comum a decisões.
“Eu não queria ter passado por essa experiência, mas ela vai mostrar
que tipo de comportamento eu e os atletas podemos ter agora”, contou
Tite, que no domingo discutiu com um torcedor após levar uma cusparada e
ser chamado de assassino.
Além dos problemas que o caso de Oruro acarretou, a equipe também não
vive grandes dias. São cinco empates seguidos entre times mistos e
aquele que se aproxima do titular, como o de hoje, com Pato e Guerrero
formando a dupla de ataque.
É o pior início de temporada corintiana em quase uma década. O atual
aproveitamento de 50% só supera a temporada de 2004, quando o time
conquistou apenas 11 dos 30 pontos possíveis.
Ele fez treinos específicos da zaga ontem, incluindo orientações
defensivas a Pato e Guerrero. Mas é a ausência da torcida, conta Tite,
que mais lhe tirou o sono nos últimos dias. “Sem a torcida, perde o
charme. O torcedor é o espetáculo. É o motivo maior do clube, mas tem de
filtrar os que não merecem.”
“Nunca trabalhei com essa situação, em se tratando de Corinthians é
mais difícil. Não me lembro de um jogo com menos de 10 mil pessoas. Pode
ter certeza absoluta de que vamos sentir.”
Clube mostra dossiê contra Conmebol
O Corinthians cogita acionar a Fifa caso a Conmebol mantenha a
punição de vetar a entrada de torcedores na Libertadores em sua decisão
final, que sairá em até 60 dias. E fez disparos contra a entidade máxima
sul-americana.
Roberto de Andrade, diretor de futebol, apresentou ontem um dossiê
que o clube fez, acusando a Conmebol de conivência com infrações
cometidas por outros clubes.
“O regulamento [da Libertadores] tem validade até a página dois.
Depois, as decisões são políticas na Conmebol”, disse o dirigente,
contando que o Corinthians havia já apontado à entidade que Oruro não
poderia receber o jogo pela falta de estrutura do aeroporto local.
“Recebemos uma resposta muito mal-educada de que teríamos de jogar
lá. Quando começa errado, a chance de acabar errado é grande.”
Atrás dele, imagens de outros jogos desta mesma edição da
Libertadores mostravam milhares de sinalizadores nas arquibancadas e até
o episódio em que um bandeirinha foi atingido por uma pilha em jogo do
Millonarios.
“E o que aconteceu com os outros clubes? O Millonarios só seria
punido se o bandeirinha morresse? O Corinthians exige que a Conmebol
cumpra o regulamento para todos. Até quando vamos suportar essas coisas e
ficarmos quietos?”, afirmou Andrade. Ontem, a Conmebol confirmou a
decisão preliminar de vetar a entrada dos corintianos. O clube prepara
agora a defesa para o julgamento.
O Corinthians, por nota, pediu que os torcedores não tentem ir ao
Pacaembu - a Conmebol prevê punição ao clube em caso de problemas com a
torcida mesmo fora do estádio. Também em nota, as principais torcidas
organizadas informaram que não pretendem seguir até a arena.
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Corinthians joga contra Millonarios no Pacaembu e não contará com torcida
Diretoria não conseguiu alterar a medida
cautelar que obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a
decisão final, que pode demorar até 60 dias
A festa do reencontro entre o Corinthians, sua torcida e seu
torneio favorito se transformou em uma tensão precoce, uma partida a ser
disputada em um Pacaembu completamente às moscas.
O Corinthians faz hoje, às 22h, sua estreia em casa pela Libertadores, contra o Millonarios, da Colômbia, uma semana após a morte de um torcedor boliviano em Oruro, sem sua grande força e orgulho de 2012: a torcida.
A diretoria não conseguiu alterar a medida cautelar da Conmebol que obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a decisão final, prevista para até 60 dias.
O final perfeito da temporada passada, cuja euforia aumentou com as contratações que somaram R$ 60 milhões, virou um início de temporada turbulento. O jogo de hoje é apenas o 11º de 2013, mas já carrega uma carga de tensão comum a decisões.
“Eu não queria ter passado por essa experiência, mas ela vai mostrar que tipo de comportamento eu e os atletas podemos ter agora”, contou Tite, que no domingo discutiu com um torcedor após levar uma cusparada e ser chamado de assassino.
Além dos problemas que o caso de Oruro acarretou, a equipe também não vive grandes dias. São cinco empates seguidos entre times mistos e aquele que se aproxima do titular, como o de hoje, com Pato e Guerrero formando a dupla de ataque.
É o pior início de temporada corintiana em quase uma década. O atual aproveitamento de 50% só supera a temporada de 2004, quando o time conquistou apenas 11 dos 30 pontos possíveis.
Ele fez treinos específicos da zaga ontem, incluindo orientações defensivas a Pato e Guerrero. Mas é a ausência da torcida, conta Tite, que mais lhe tirou o sono nos últimos dias. “Sem a torcida, perde o charme. O torcedor é o espetáculo. É o motivo maior do clube, mas tem de filtrar os que não merecem.”
“Nunca trabalhei com essa situação, em se tratando de Corinthians é mais difícil. Não me lembro de um jogo com menos de 10 mil pessoas. Pode ter certeza absoluta de que vamos sentir.”
Clube mostra dossiê contra Conmebol
O Corinthians cogita acionar a Fifa caso a Conmebol mantenha a punição de vetar a entrada de torcedores na Libertadores em sua decisão final, que sairá em até 60 dias. E fez disparos contra a entidade máxima sul-americana.
Roberto de Andrade, diretor de futebol, apresentou ontem um dossiê que o clube fez, acusando a Conmebol de conivência com infrações cometidas por outros clubes.
“O regulamento [da Libertadores] tem validade até a página dois. Depois, as decisões são políticas na Conmebol”, disse o dirigente, contando que o Corinthians havia já apontado à entidade que Oruro não poderia receber o jogo pela falta de estrutura do aeroporto local.
“Recebemos uma resposta muito mal-educada de que teríamos de jogar lá. Quando começa errado, a chance de acabar errado é grande.”
Atrás dele, imagens de outros jogos desta mesma edição da Libertadores mostravam milhares de sinalizadores nas arquibancadas e até o episódio em que um bandeirinha foi atingido por uma pilha em jogo do Millonarios.
“E o que aconteceu com os outros clubes? O Millonarios só seria punido se o bandeirinha morresse? O Corinthians exige que a Conmebol cumpra o regulamento para todos. Até quando vamos suportar essas coisas e ficarmos quietos?”, afirmou Andrade. Ontem, a Conmebol confirmou a decisão preliminar de vetar a entrada dos corintianos. O clube prepara agora a defesa para o julgamento.
O Corinthians, por nota, pediu que os torcedores não tentem ir ao Pacaembu - a Conmebol prevê punição ao clube em caso de problemas com a torcida mesmo fora do estádio. Também em nota, as principais torcidas organizadas informaram que não pretendem seguir até a arena.
O Corinthians faz hoje, às 22h, sua estreia em casa pela Libertadores, contra o Millonarios, da Colômbia, uma semana após a morte de um torcedor boliviano em Oruro, sem sua grande força e orgulho de 2012: a torcida.
A diretoria não conseguiu alterar a medida cautelar da Conmebol que obriga o time a jogar com portões fechados até que saia a decisão final, prevista para até 60 dias.
O final perfeito da temporada passada, cuja euforia aumentou com as contratações que somaram R$ 60 milhões, virou um início de temporada turbulento. O jogo de hoje é apenas o 11º de 2013, mas já carrega uma carga de tensão comum a decisões.
“Eu não queria ter passado por essa experiência, mas ela vai mostrar que tipo de comportamento eu e os atletas podemos ter agora”, contou Tite, que no domingo discutiu com um torcedor após levar uma cusparada e ser chamado de assassino.
Além dos problemas que o caso de Oruro acarretou, a equipe também não vive grandes dias. São cinco empates seguidos entre times mistos e aquele que se aproxima do titular, como o de hoje, com Pato e Guerrero formando a dupla de ataque.
É o pior início de temporada corintiana em quase uma década. O atual aproveitamento de 50% só supera a temporada de 2004, quando o time conquistou apenas 11 dos 30 pontos possíveis.
Ele fez treinos específicos da zaga ontem, incluindo orientações defensivas a Pato e Guerrero. Mas é a ausência da torcida, conta Tite, que mais lhe tirou o sono nos últimos dias. “Sem a torcida, perde o charme. O torcedor é o espetáculo. É o motivo maior do clube, mas tem de filtrar os que não merecem.”
“Nunca trabalhei com essa situação, em se tratando de Corinthians é mais difícil. Não me lembro de um jogo com menos de 10 mil pessoas. Pode ter certeza absoluta de que vamos sentir.”
Clube mostra dossiê contra Conmebol
O Corinthians cogita acionar a Fifa caso a Conmebol mantenha a punição de vetar a entrada de torcedores na Libertadores em sua decisão final, que sairá em até 60 dias. E fez disparos contra a entidade máxima sul-americana.
Roberto de Andrade, diretor de futebol, apresentou ontem um dossiê que o clube fez, acusando a Conmebol de conivência com infrações cometidas por outros clubes.
“O regulamento [da Libertadores] tem validade até a página dois. Depois, as decisões são políticas na Conmebol”, disse o dirigente, contando que o Corinthians havia já apontado à entidade que Oruro não poderia receber o jogo pela falta de estrutura do aeroporto local.
“Recebemos uma resposta muito mal-educada de que teríamos de jogar lá. Quando começa errado, a chance de acabar errado é grande.”
Atrás dele, imagens de outros jogos desta mesma edição da Libertadores mostravam milhares de sinalizadores nas arquibancadas e até o episódio em que um bandeirinha foi atingido por uma pilha em jogo do Millonarios.
“E o que aconteceu com os outros clubes? O Millonarios só seria punido se o bandeirinha morresse? O Corinthians exige que a Conmebol cumpra o regulamento para todos. Até quando vamos suportar essas coisas e ficarmos quietos?”, afirmou Andrade. Ontem, a Conmebol confirmou a decisão preliminar de vetar a entrada dos corintianos. O clube prepara agora a defesa para o julgamento.
O Corinthians, por nota, pediu que os torcedores não tentem ir ao Pacaembu - a Conmebol prevê punição ao clube em caso de problemas com a torcida mesmo fora do estádio. Também em nota, as principais torcidas organizadas informaram que não pretendem seguir até a arena.
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