sexta-feira, 29 de junho de 2012


Justiça manda prefeitura construir centro de assistência infantil na cidade

A decisão acata a ação civil pública movida pelo promotor de Infância e Juventude de Marília, Jurandir Affonso Ferreira,

ATENDIMENTO - Jurandir Affonso Ferreira, promotor da Infância e Juventude de Marília - Foto: Arquivo

O juiz da Vara da Infância e Juventude de Marília, Donizete Aparecido Pinheiro da Silveira, estipulou no último dia 18 de junho prazo para a prefeitura implantar um CAPS (Centro de Assistência Psicosocial) infantil até 28 de fevereiro do próximo ano sob multa diária de R$ 3 mil em caso de descumprimento.
A decisão acata a ação civil pública movida pelo promotor de infância e juventude de Marília, Jurandir Affonso Ferreira, pedindo a criação, implantação e início da atividade de uma unidade hospitalar ou clínica especializada em tratamento de crianças e adolescentes com distúrbios mentais. A ação foi protocolada em março do ano passado.
Segundo Ferreira o município não conta com o programa do Ministério da Saúde, que exige essa assistência, causando danos irreparáveis ao desenvolvimento dos menores.
“O programa precisa ter em toda cidade e prevê implantação de uma equipe especializada para tratar cada grupo de 15 a 25 menores, composta no mínimo por um médico especialista, duas enfermeiras, quatro profissionais de saúde e cinco auxiliares de nível médio. O centro busca atender a população que sofre com distúrbios mentais e precisam de tratamento total ou cuidados para amenizar o quadro”, afirma Ferreira.
Segundo a ação o município está adiando há pelo menos sete anos o cumprimento do dever, na implantação do programa, considerado imprescindível, pois em 2005 a administração municipal recebeu R$ 30 mil para implantação de um CAPAS infantil, verba que foi devolvida ao governo federal em decorrência da não implantação.
O município contestou e pediu a improcedência da ação, pois alega que o MPE (Ministério Público Estadual) não pode escolher a forma e como se exercer a política pública em Marília. Na justificativa a administração alegou que há necessidade de orçamento prévio.
Durante audiência pública de prestação de contas realizada ontem (28), o secretário municipal de Saúde, Júlio Zorzetto, afirmou que no início do segundo semestre a Prefeitura irá iniciar as atividades do Caps (Centro de Apoio Psicossocial) Infantil, voltado para o atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos incompletos, e com capacidade de atendimento de até 25 usuários por dia, sendo que por período até 15 pessoas. O município conta com serviço há nove anos de um Caps adulto que atende cerca de 200 pacientes.




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Convenção do PT lança Ticiano Toffoli com apoio inédito de Paulo Maluf

Encontro ocorre na sede do partido na avenida República. O partido deve lançar de seis a dez candidatos a vereadores

CONVENÇÃO - Sem disputa interna, Ticiano Toffoli será candidato - Foto: Divulgação

O PT de Marília lança hoje a candidatura de Ticiano Toffoli à prefeitura de Marília com apoio do PP, partido do até então desafeto histórico Paulo Maluf. O PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também já manifestou parceria. As duas legendas, inclusive, são inimigas na capital paulista, o que mostra a discrepância de ideologia partidária. O encontro ocorre na sede do PT, na avenida República, 1.380, às 19h. Devem participar 40 pessoas da executiva e do diretório da legenda que conta com 800 filiados na cidade.
De acordo com o presidente em exercício do partido, Alonso Bezerra de Carvalho, não será necessário votação porque não existe disputa interna. Toffoli já é candidato certo, mas seu vice ainda é desconhecido.
O PT deve lançar entre seis e dez candidatos a vereadores. A coligação pode ter até 26 nomes. Sobre a coligação com PP anunciada pelo presidente estadual do partido, Paulo Maluf, na quarta-feira (28), Bezerra diz que não considera novidade por conta do apoio do partido em nível federal. “O mesmo partido tem a base de apoio nacional. Então por conta da aliança com o governo federal é natural que isto se repita no cenário municipal”, falou.
CONVENÇÕES
Mais seis partidos realizam as convenções para confirmar candidaturas neste sábado (30). O encontro do PSB do pré-candidato a prefeito Vinícius Camarinha ocorre às 10h30, no Yara Clube. O partido deve firmar coligação com o DEM, PDT, PSC, PPS, PRB,PMN, PRTB, PSL e PTC.
O PMDB, que tem como pré-candidato Antônio Augusto Ambrósio, o Tato, realiza convenção às 15h, na sede do partido, na rua Monteiro Lobato. A candidata mais cotada para vice é a advogada Mary Profeta. O DEM faz a reunião das 8h às 12h, no Alves Hotel. A comissão provisória da legenda em Marília que pretendia lançar a candidatura do ex-chefe de gabinete Nelson Granciéri a prefeito deve receber hoje a resposta do presidente estadual Jorge Tadeu, mas segundo apurou o Diário, Nelsinho ficará de fora. Também promovem suas convenções o PSDC, PCdoB e PV.
O PP, PHS, PT do B e PSOL já realizaram suas convenções, o último lançou como pré-candidato o empresário Cecílio Espósito, mais conhecido como Raul Seixas. O PSDB lançou na última terça-feira (26) como candidato à prefeitura o empresário Daniel Alonso e vice Eduardo Nascimento que nas últimas eleições, em 2008, apoiou Mário Bulgareli e o vice Ticiano Toffoli.


Apoio repentino divide cenário político de Marília

Pela primeira vez na história e desvirtuando toda sua trajetória de esquerda o PT firma acordo com Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD), ambos até então alvo de críticas e ataques por parte do Partido dos Trabalhadores. Maluf responde a série de processos criminais e é procurado inclusive pela Interpol, o que o impede de sair do país. A surpresa fez com que a deputada federal Luiza Erundina (PSB) retirasse sua candidatura como vice de Fernando Haddad (PT) à prefeitura da capital paulista e, em Marília, rachou o PP e PSD, que já haviam manifestado apoio ao pré-candidato do PSB, Vinícius Camarinha.
Ambos os partidos em Marília não concordam com a decisão imposta em cenário nacional através de forças ocultas e influentes de Brasília, sem debate político, e em desencontro às decisões tomadas em convenção realizada dia 25, na chácara do ex-deputado federal Sérgio Nechar (PP), que até então seria o vice na chapa encabeçada por Vinícius.
Os líderes do PP e PSD em Marília foram informados anteontem do apoio ao PT, de forma arbitrária, truculenta e repentina no gabinete do prefeito Ticiano Toffoli (PT), dentro da prefeitura, utilizando ilegalmente a máquina administrativa. Com a decisão unilateral a coligação encabeçada pelo PT deve ser formada pelos seguintes partidos: PCdoB, PHS, PSD, PPL, PSDC. O PV ainda não definiu se lança candidatura própria.
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Analistas consultados pelo Diário revelam que o chapão de vereadores poderá eleger nomes historicamente de lado oposto ao PT, como é o caso de Marcos Rezende (PSD) e Pedro Pavão (PHS), um ferrenho opositor do PT na cidade, que inclusive recebia Paulo Maluf em sua própria residência. Com a morte de Sydney Gobetti ocorrida semana passada, o PCdoB passa para o sindicalista Irton Siqueira Torres, metalúrgico que nunca foi testado nas urnas.
O PT traz dois candidatos a vereador conhecidos na cidade, mas sem expressão política, Moisés Paixão, da Emdurb, e Cícero Silva, ex-diretor do Ceasa. O partido está esvaziado e nas últimas semanas teve grandes baixas na chapa de vereadores como o secretário da Saúde Julio Zorzeto, o professor Alonso de Carvalho, o ex-vereador Carlos Bassan e Luiz Dias Toffoli, o Canhão, irmão do prefeito Toffoli. Analistas políticos ouvidos pelo Diário acreditam que dificilmente o partido vai eleger vereador.


Aliança com Maluf teve impacto negativo em SP

Se seguir a tendência registrada pela pesquisa de intenção de votos Datafolha divulgada na última quarta-feira, que teve como cenário a disputa na capital paulista, a aliança PT/PP em Marília pode ter sido mais um “tiro no pé”.
Isso porque o instituto de pesquisa mostrou claramente que após o anúncio da coligação, o pré-candidato ao cargo executivo majoritário em São Paulo, Fernando Haddad, começou a retroceder na preferência do eleitor paulistano.
Em terceiro e em ascendência até a semana passada, Haddad viu sua participação retrair na disputa, caindo de 8% de intenção de voto para 6%. Enquanto isso, José Serra (PSDB), com 31%, e Celso Russomanno (PRB) mantêm boa vantagem.
O Datafolha mostrou ainda que 62% dos mais de 1.800 eleitores entrevistados desaprovam a aliança entre os inimigos históricos. Entre os simpatizantes do PT a reprovação foi um pouco maior: 64%.



PP de Marília reforça apoio ao candidato do PSB


Com a dissolução do PP pelo presidente estadual do partido, Paulo Maluf, os candidatos a vereadores que já haviam sido definidos na convenção realizada no último domingo (24) não estão dispostos a abrir mão do apoio ao pré-candidato do PSB, Vinícius Camarinha.
De acordo com um dos candidatos, José Dalves Ferreira, a maioria não deve manifestar apoio a nenhum outro partido. Ferreira diz que aguarda convocação dos membros da Comissão Interventora, nomeada na quarta-feira (27), para conversa. “Todos os candidatos com quem conversei não devem apoiar outro candidato. Alguns até pretendem se afastar se for o caso”.
Na prática não haverá tempo hábil para promover nova convenção, já que o prazo se encerra neste sábado (30). O presidente da comissão interventora, Anderson Cristiano Amaro de Souza, afirmou em entrevista ao Jornal Diário que o jurídico do grupo analisa qual procedimento será adotado em relação à convenção. “Vamos nos reunir amanhã (hoje) para resolver o que será definido em relação a isto. Também pretendemos chamar os candidatos para reunião e apresentar a nossa proposta”.
O médico e ex-deputado federal Sérgio Nechar que seria vice de Vinícius lamenta a determinação estadual. “Porém temos que cumprir, mas pessoalmente expresso meu apoio ao candidato do PSB que considero o mais preparado”. Nechar também manifestou apoio a Luiza Erundina (PSB) que desistiu de ser vice de Fernando Haddad em São Paulo após o mesmo formato de aliança com o PP na capital paulista.




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