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Aumento do mínimo não prejudica metas fiscais, diz economista
26 de dezembro de 2011 • 17h22 • atualizado 17h34
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O aumento do salário mínimo para R$ 622 a partir de 1º de janeiro de 2012 vai causar algum impacto nas contas do governo, em função dos benefícios pagos pela Previdência Social. Dois terços dos benefícios têm o valor piso de um salário mínimo, o que significa aumento de R$ 18 bilhões, disse nesta segunda-feira o economista João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para ele, no entanto, isso não refletirá negativamente no cumprimento das metas fiscais no próximo ano. "Eu não avalio que isso possa causar algum dano nas contas públicas. Essa é a trajetória do Brasil nos últimos anos", declarou.
O aumento do salário mínimo alcançou um ganho em torno de 60% em termos reais, isto é, descontada a inflação, de 2003 até 2010. Enquanto isso, a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 60% para menos de 40% no mesmo período. "O déficit nominal do Brasil, que em 2002 era 4,5% do PIB, hoje é 2,5% do PIB", completou.
O economista diz acreditar que diante desses dados, "o suposto impacto negativo que o salário mínimo causa deve ser avaliado com mais reservas". Observou que o aumento do mínimo gera mais demanda, compras e incentivo ao mercado, o que representa arrecadação para os três níveis de governo.
- Agência Brasil
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