Comparsa de Dinho em ataques, Rafazoio tem liberdade negada
Foi a terceira vez que Rafael Baldoíno teve
indeferido pedido de revogação da prisão preventiva; ele é réu no
processo que apura a “Guerra do Tráfico”
O desempregado Rafael Baldoíno, 23, mais conhecido como “Rafazoio”,
teve pela terceira vez negado pedido de revogação de sua prisão
preventiva. Preso desde dezembro do ano passado, o jovem é acusado de
integrar a quadrilha comandada pelo empresário Edson Santos da Silva,
27, o “Dinho”, apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico na
cidade e também réu em crimes atribuídos à Guerra do Tráfico.
O pedido foi impetrado pelos advogados Ana Lucia Amaral Marques
Farias e Rômulo Ronan Ramos Moreira, responsáveis pela defesa de
Rafazoio, que argumentaram excesso de prazo no processo. Além disso, os
defensores alegaram também que o jovem é primário, tem bons
antecedentes, tem emprego lícito e que não há provas no processo de sua
participação em algum ataque.
O Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Gilson
César Augusto da Silva, se posicionou contrário argumentando que a
manutenção da prisão do acusado se faz necessária para impedir que os
grupos criminosos se reorganizem e possam voltar a promover ataques em
bairros da zona sul. A solicitação foi apreciada pelo juiz José Roberto
Nogueira Nascimento, da 1ª Vara Criminal, que acolheu as teses
argumentações da acusação e indeferiu o pedido.
“A motivação dos homicídios tentados elencados na denúncia foi uma
verdadeira guerra entre duas quadrilhas apavorando, indiscriminadamente,
a sociedade como um todo, razão pela qual se mostra necessária à
manutenção do acusado no cárcere, quer para garantir a ordem pública e
impedir a prática de novos delitos, quer para dar as vítimas e
testemunhas segurança durante os atos instrutórios”, diz trecho da
decisão do magistrado.
Foi a terceira derrota do jovem em busca de liberdade. Em maio, a
defesa dele impetrou liminar também na Justiça de Marília. A
solicitação, no entanto, foi negada pelo próprio Nascimento para
“preservação da ordem pública”. Já em agosto, os defensores apelaram ao
TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no entanto o pedido foi negado
por unanimidade pela 16ª Câmara Criminal do órgão.
Rafazoio foi indiciado por duas tentativas de homicídio qualificadas e
também pelo crime de formação de quadrilha. Ele é réu em processo que
conta com outras 30 pessoas, entre elas um policial civil e um militar. A
disputa por pontos de tráfico de drogas na zona sul colocou de um lado a
quadrilha comandada pelo criminoso Alex Amarildo de Oliveira, o “Rico”,
e de outro o bando de Dinho.
RELEMBRE
A “Guerra do Tráfico” foi iniciada em meados de 2010. Ainda que o
início da disputa permaneça obscuro - é citado desde a tomada de bocas
de fumo, passando por agressões e até um simples acidente de trânsito -,
a primeira morte não demorou a acontecer, quando Ricardão foi
assassinado com um tiro à queima-roupa no pescoço quando aguardava a
esposa deixar a empresa onde trabalhava, em uma travessa da Avenida das
Esmeraldas, na zona leste.
O crime foi revidado com ataques à bala, um deles na esquina de uma
creche no Parque das Azaleias. Por sorte, o período era de férias
escolares e o local estava vazio. Dias depois, uma “reunião” teria
selado o fim da primeira fase dos confrontos.
No final do ano passado, no entanto, e já com Dinho atrás das grades,
as gangues voltaram a duelar. Mais de dez boletins de ocorrência foram
registrados, relatos que imóveis e pessoas haviam sido alvejadas durante
a madrugada em vários pontos da cidade. Em um destes ataques, que teria
sido comandado por Rico, o jovem Leandro Romanelli Moreira, 19, foi
morto.
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Comparsa de Dinho em ataques, Rafazoio tem liberdade negada
Foi a terceira vez que Rafael Baldoíno teve
indeferido pedido de revogação da prisão preventiva; ele é réu no
processo que apura a “Guerra do Tráfico”
O desempregado Rafael Baldoíno, 23, mais conhecido como “Rafazoio”, teve pela terceira vez negado pedido de revogação de sua prisão preventiva. Preso desde dezembro do ano passado, o jovem é acusado de integrar a quadrilha comandada pelo empresário Edson Santos da Silva, 27, o “Dinho”, apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico na cidade e também réu em crimes atribuídos à Guerra do Tráfico.
O pedido foi impetrado pelos advogados Ana Lucia Amaral Marques Farias e Rômulo Ronan Ramos Moreira, responsáveis pela defesa de Rafazoio, que argumentaram excesso de prazo no processo. Além disso, os defensores alegaram também que o jovem é primário, tem bons antecedentes, tem emprego lícito e que não há provas no processo de sua participação em algum ataque.
O Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Gilson César Augusto da Silva, se posicionou contrário argumentando que a manutenção da prisão do acusado se faz necessária para impedir que os grupos criminosos se reorganizem e possam voltar a promover ataques em bairros da zona sul. A solicitação foi apreciada pelo juiz José Roberto Nogueira Nascimento, da 1ª Vara Criminal, que acolheu as teses argumentações da acusação e indeferiu o pedido.
“A motivação dos homicídios tentados elencados na denúncia foi uma verdadeira guerra entre duas quadrilhas apavorando, indiscriminadamente, a sociedade como um todo, razão pela qual se mostra necessária à manutenção do acusado no cárcere, quer para garantir a ordem pública e impedir a prática de novos delitos, quer para dar as vítimas e testemunhas segurança durante os atos instrutórios”, diz trecho da decisão do magistrado.
Foi a terceira derrota do jovem em busca de liberdade. Em maio, a defesa dele impetrou liminar também na Justiça de Marília. A solicitação, no entanto, foi negada pelo próprio Nascimento para “preservação da ordem pública”. Já em agosto, os defensores apelaram ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no entanto o pedido foi negado por unanimidade pela 16ª Câmara Criminal do órgão.
Rafazoio foi indiciado por duas tentativas de homicídio qualificadas e também pelo crime de formação de quadrilha. Ele é réu em processo que conta com outras 30 pessoas, entre elas um policial civil e um militar. A disputa por pontos de tráfico de drogas na zona sul colocou de um lado a quadrilha comandada pelo criminoso Alex Amarildo de Oliveira, o “Rico”, e de outro o bando de Dinho.
RELEMBRE
A “Guerra do Tráfico” foi iniciada em meados de 2010. Ainda que o início da disputa permaneça obscuro - é citado desde a tomada de bocas de fumo, passando por agressões e até um simples acidente de trânsito -, a primeira morte não demorou a acontecer, quando Ricardão foi assassinado com um tiro à queima-roupa no pescoço quando aguardava a esposa deixar a empresa onde trabalhava, em uma travessa da Avenida das Esmeraldas, na zona leste.
O crime foi revidado com ataques à bala, um deles na esquina de uma creche no Parque das Azaleias. Por sorte, o período era de férias escolares e o local estava vazio. Dias depois, uma “reunião” teria selado o fim da primeira fase dos confrontos.
No final do ano passado, no entanto, e já com Dinho atrás das grades, as gangues voltaram a duelar. Mais de dez boletins de ocorrência foram registrados, relatos que imóveis e pessoas haviam sido alvejadas durante a madrugada em vários pontos da cidade. Em um destes ataques, que teria sido comandado por Rico, o jovem Leandro Romanelli Moreira, 19, foi morto.
O desempregado Rafael Baldoíno, 23, mais conhecido como “Rafazoio”, teve pela terceira vez negado pedido de revogação de sua prisão preventiva. Preso desde dezembro do ano passado, o jovem é acusado de integrar a quadrilha comandada pelo empresário Edson Santos da Silva, 27, o “Dinho”, apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico na cidade e também réu em crimes atribuídos à Guerra do Tráfico.
O pedido foi impetrado pelos advogados Ana Lucia Amaral Marques Farias e Rômulo Ronan Ramos Moreira, responsáveis pela defesa de Rafazoio, que argumentaram excesso de prazo no processo. Além disso, os defensores alegaram também que o jovem é primário, tem bons antecedentes, tem emprego lícito e que não há provas no processo de sua participação em algum ataque.
O Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Gilson César Augusto da Silva, se posicionou contrário argumentando que a manutenção da prisão do acusado se faz necessária para impedir que os grupos criminosos se reorganizem e possam voltar a promover ataques em bairros da zona sul. A solicitação foi apreciada pelo juiz José Roberto Nogueira Nascimento, da 1ª Vara Criminal, que acolheu as teses argumentações da acusação e indeferiu o pedido.
“A motivação dos homicídios tentados elencados na denúncia foi uma verdadeira guerra entre duas quadrilhas apavorando, indiscriminadamente, a sociedade como um todo, razão pela qual se mostra necessária à manutenção do acusado no cárcere, quer para garantir a ordem pública e impedir a prática de novos delitos, quer para dar as vítimas e testemunhas segurança durante os atos instrutórios”, diz trecho da decisão do magistrado.
Foi a terceira derrota do jovem em busca de liberdade. Em maio, a defesa dele impetrou liminar também na Justiça de Marília. A solicitação, no entanto, foi negada pelo próprio Nascimento para “preservação da ordem pública”. Já em agosto, os defensores apelaram ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no entanto o pedido foi negado por unanimidade pela 16ª Câmara Criminal do órgão.
Rafazoio foi indiciado por duas tentativas de homicídio qualificadas e também pelo crime de formação de quadrilha. Ele é réu em processo que conta com outras 30 pessoas, entre elas um policial civil e um militar. A disputa por pontos de tráfico de drogas na zona sul colocou de um lado a quadrilha comandada pelo criminoso Alex Amarildo de Oliveira, o “Rico”, e de outro o bando de Dinho.
RELEMBRE
A “Guerra do Tráfico” foi iniciada em meados de 2010. Ainda que o início da disputa permaneça obscuro - é citado desde a tomada de bocas de fumo, passando por agressões e até um simples acidente de trânsito -, a primeira morte não demorou a acontecer, quando Ricardão foi assassinado com um tiro à queima-roupa no pescoço quando aguardava a esposa deixar a empresa onde trabalhava, em uma travessa da Avenida das Esmeraldas, na zona leste.
O crime foi revidado com ataques à bala, um deles na esquina de uma creche no Parque das Azaleias. Por sorte, o período era de férias escolares e o local estava vazio. Dias depois, uma “reunião” teria selado o fim da primeira fase dos confrontos.
No final do ano passado, no entanto, e já com Dinho atrás das grades, as gangues voltaram a duelar. Mais de dez boletins de ocorrência foram registrados, relatos que imóveis e pessoas haviam sido alvejadas durante a madrugada em vários pontos da cidade. Em um destes ataques, que teria sido comandado por Rico, o jovem Leandro Romanelli Moreira, 19, foi morto.
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