segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

UMA RENÚNCIA E UM CONCLAVE PARA O PT

UMA RENÚNCIA E UM CONCLAVE PARA O PT
Pode parecer má vontade, mas não é. Trata-se de simples reconhecimento da situação. O presidente do PT, Rui Falcão, anuncia para fevereiro de 2014 a realização do V Congresso Nacional do partido, “para debater erros, acertos e desafios”.

ORA BOLAS,...
...como justificar que o PT vai perder mais um ano batendo cabeça, explicando o inexplicável que foi o mensalão, exaltando seus ex-dirigentes condenados a penas de prisão, escondendo companheiros e companheiras envolvidos em falcatruas e disputando palmo a palmo empregos no governo? O que fazer para superar esse erros, ao mesmo tempo elaborando uma agenda de acertos, entre eles projetos de reforma política, social e tributária, revisão do pacto federativo e demais exigências do momento?

NÃO SE DUVIDA...
...de que o PT, hoje, assemelha-se ao Vaticano, nas palavras de Bento XVI: dividido e pleno de hipocrisia por parte de muitos de seus representantes. Escondendo denúncias de pedofilia política e óbvia luta pelo poder. Seria demais esperar a renúncia do Papa, que não é o Lula, muito mais para São Pedro, mas bem que Rui Falcão poderia afastar-se para dar início imediato a um conclave capaz de substituir o velho pelo novo. Cardeais não faltarão. Imagine-se caso Joseph Ratzinger tivesse anunciado que só daqui a um ano deixaria o pontificado. A Igreja não suportaria tanto tempo: explodiria antes. Esses vinte dias já estão sendo difíceis de atravessar. Agora um ano, segundo o PT...

CONVITE AO LADRÃO
Escreveu Shopenhauer que o fato de o cidadão comum dormir com um revólver debaixo do travesseiro serviria apenas para a comodidade do ladrão. Nada mais correto, valendo o conselho para quantos ainda mantém armas em casa, mesmo depois da proibição. O diabo é que, em contrapartida da entrega dos nossos revolveres à polícia, deveríamos dispor de um sistema público de segurança em condições de impedir os meliantes de entrar em nossas casas. Como tal não acontece, permanece a dúvida cruel.

OS JOVENS E OS VELHOS
Desde que o mundo é mundo, prevalece a evidência de que só os jovens podem viver no futuro, enquanto os velhos vivem no passado. Mais de cinquenta anos atrás, dava gosto olhar para a frente. Havia Kennedy nos Estados Unidos, Kruschev na União Soviética, dois repositórios de esperança. Para não falar de De Gaulle, na França, Nehru, na Índia, João XXIII no Vaticano e até João Goulart, no Brasil.

DÁ SAUDADE LEMBRAR...
...de como os jovens acreditavam no futuro, assentados num presente fulgurante. O Circo de Moscou foi ao Rio de Janeiro e no encerramento do espetáculo apagavam-se todas as luzes, com o Maracanã lotado por mais de 100 mil pessoas. Por um desses truques comuns, mas surpreendentes, aparecia dando a volta no estádio, lá em cima, um Sputnik iluminado e ao som de intermináveis bips-bips.

Carlos Chagas
carloschagas37@uol.com.br

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1 Comentário(s)

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  1. BRASILINA RIBEIRO DE GODOY
    ESSE PAINEL É UMA BELEZA, EU AMO ESSES COMENTÁRIOS O DE HOJE, SOBRE JOVENS E VELHOS, ME TOCOU PROFUNDAMENTE, SOU DO TEMPO EM QUE OS JOVENS SONHAVAM COM UM FUTURO, UMA PROFISSAO, UMA MARILIA, QUE RECEBIA AS FACULDADES, EU VIVI ISSO. E AGORA MARILIA SIMBOLO DE AMOR E LIBERDADE. LINDA E ALTIVA.

Com menos feriados em dias úteis, indústria estima 19% menos perdas

Setor destaca a importância de mudanças, como deslocar datas comemorativas

SUPERINTENDENTE - José Augusto Gomes fala sobre a influência dos feriados para indústria - Foto: Arquivo
Os oito feriados nacionais e os 24 estaduais ao longo de 2013 vão causar uma perda de R$ 42,2 bilhões à indústria brasileira - o que equivale a 3,5% do PIB industrial. No entanto o valor é 19% menor do que o registrado no ano anterior, uma vez que este ano terá dois feriados nacionais e três estaduais em dias úteis a menos que em 2012.
O Estado de São Paulo, por ser o mais industrializado, terá a maior perda: R$ 14,8 bilhões. Em seguida vem o Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões).
Os dados são do estudo “O Custo Econômico dos Feriados” divulgado nesta semana pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
A metodologia do estudo, divulgado desde 2008, considera o PIB (Produto Interno Bruto) Industrial diário como o valor máximo que poderia ser perdido pela indústria com um dia paralisado.
A disposição do calendário tem forte influência nos resultados porque quanto maior o número de feriados em dias de semana, maiores são as perdas para a indústria.
Em termos relativos, considerando a perda em relação ao PIB, o número de feriados em cada Estado e a incidência destes em dias de semana são fatores determinantes.
Com apenas um feriado em dia de semana, 16 Estados brasileiros têm perda estimada em 3,6% do PIB industrial, é o caso do estado de São Paulo com o feriado de 9 de julho, Dia da Revolução Constitucionalista.
O superintendente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), José Augusto Gomes, destaca a importância de mudanças como a prevista no projeto de lei federal que desloca para segunda-feira ou sexta-feira os feriados nacionais que caírem nos demais dias de semana.
“Perde o sentido da data, enquanto falamos de cultura. Porém, ao reduzir os prejuízos causados pelos ‘enforcamentos’ e pontos facultativos, essa iniciativa certamente teria desdobramentos positivos sobre a competitividade da indústria brasileira. A mesma preocupação também deve existir com as datas municipais. Para o comércio sempre que há um feriado próximo do final de semana também é satisfatório pelo descolamento de várias pessoas da região para compras em Marília”, fala.
O balconista Marcel dos Santos, 25, é favorável à mudança. “É interessante, pois o descanso ocorre por mais dias, desta forma é mais confortável para agendar viagens” comenta.




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