MP aguarda representação para investigar gastos suspeitos da Examar
Pelo menos 90% da festa foram custeados
pela secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Duas pessoas da
pasta foram demitidas
Os contratos e valores gastos com shows e na estrutura para
realização na Examar 2012 (Exposição Agropecuária e Industrial de
Marília) seguem gerando suspeitas. O MPE (Ministério Público Estadual)
informou que aguarda formalização de representação para investigar os
gastos no evento ocorrido entre os dias 4 e 9 de setembro. De acordo com
a secretaria do MP, se houver indícios de irregularidades o promotor
Oriel da Rocha Queiroz deve abrir inquérito civil para apurar os fatos.
No total foram gastos R$ 1,5 milhão no evento. Somente os shows com
artistas de renome custaram aos cofres municipais R$ 1.056 milhão.
Pelo menos 90% da festa foram custeados pela secretaria de
Agricultura Pecuária e Abastecimento. Poucos recursos foram
disponibilizados pela secretaria da Cultura.
Os indícios de irregularidades terminaram na demissão do secretário
de Agricultura, Paulo Roberto de Oliveira Junior, e de um assessor da
pasta. Há suspeitas de que o assessor teria desviado R$ 80 mil do
montante a ser utilizado no pagamento de despesas da festa.
“Paulinho” que coordenou a Examar foi agredido com uma cabeçada na
primeira noite da feira, na terça-feira (4). Ele estava em um camarote
nas dependências do recinto quando foi cercado por um grupo de pessoas.
Logo em seguida, o secretário foi agredido por um dos homens. O ataque
teria cunho político e diretamente ligado à organização do evento.
Em média, os valores pagos com dinheiro público pelas apresentações
artísticas são 20% maiores que o preço praticado no mercado ou em outras
feiras agropecuárias realizadas este ano na região. Em uma breve
análise dos valores cobrados pelas produtoras dos artistas nota-se a
diferença entre os valores pagos pela prefeitura e o preço de mercado. A
maior discrepância é nos valores do show do cantor Eduardo Costa. Para
apresentação que encerrou a festa foram retirados dos cofres públicos
R$176 mil, entretanto o valor de mercado é R$ 123 mil.
Outro exemplo é a dupla César Menotti e Fabiano que, de acordo com
orçamento apresentado pela produtora, cobra R$ 150 mil, porém a
prefeitura gastou R$ 162 mil no show. Já o grupo Inimigos do HP que se
apresentou na sexta-feira (8) recebeu R$ 77 mil, enquanto o valor
apresentado pela produtora foi de R$ 65 mil.
O único show que foi contratado diretamente da produtora LS Music
Produções Artísticas LTDA foi do cantor Luan Santana, ao valor de R$ 382
mil. Fato que também causou estranheza já que a mesma apresentação foi
comercializada 16% mais barato para a prefeitura de Paraguaçu Paulista
(75 quilômetros de Marília). O show ao valor de R$ 320 mil ocorreu
durante a 12ª Expo Paraguaçu no último dia 31 de agosto.
As suspeitas de irregularidades não param por aí. A licitação para
contratação de tendas para o evento ocorreu no dia 4, primeiro dia da
feira, mesma data em que a empresa vencedora instalou as estruturas.
Outra evidência é que as tendas foram licitadas ao valor de R$ 88.899
mil, enquanto no ano passado os mesmos produtos custaram R$ 41 mil.
“Carta marcada. E outra, foram contratadas mais tendas do que o local
suporta”, disse ao Diário um empresário do ramo que não quis se
identificar.
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MP aguarda representação para investigar gastos suspeitos da Examar
Pelo menos 90% da festa foram custeados
pela secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Duas pessoas da
pasta foram demitidas
Os contratos e valores gastos com shows e na estrutura para
realização na Examar 2012 (Exposição Agropecuária e Industrial de
Marília) seguem gerando suspeitas. O MPE (Ministério Público Estadual)
informou que aguarda formalização de representação para investigar os
gastos no evento ocorrido entre os dias 4 e 9 de setembro. De acordo com
a secretaria do MP, se houver indícios de irregularidades o promotor
Oriel da Rocha Queiroz deve abrir inquérito civil para apurar os fatos.
No total foram gastos R$ 1,5 milhão no evento. Somente os shows com artistas de renome custaram aos cofres municipais R$ 1.056 milhão.
Pelo menos 90% da festa foram custeados pela secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Poucos recursos foram disponibilizados pela secretaria da Cultura.
Os indícios de irregularidades terminaram na demissão do secretário de Agricultura, Paulo Roberto de Oliveira Junior, e de um assessor da pasta. Há suspeitas de que o assessor teria desviado R$ 80 mil do montante a ser utilizado no pagamento de despesas da festa.
“Paulinho” que coordenou a Examar foi agredido com uma cabeçada na primeira noite da feira, na terça-feira (4). Ele estava em um camarote nas dependências do recinto quando foi cercado por um grupo de pessoas. Logo em seguida, o secretário foi agredido por um dos homens. O ataque teria cunho político e diretamente ligado à organização do evento.
Em média, os valores pagos com dinheiro público pelas apresentações artísticas são 20% maiores que o preço praticado no mercado ou em outras feiras agropecuárias realizadas este ano na região. Em uma breve análise dos valores cobrados pelas produtoras dos artistas nota-se a diferença entre os valores pagos pela prefeitura e o preço de mercado. A maior discrepância é nos valores do show do cantor Eduardo Costa. Para apresentação que encerrou a festa foram retirados dos cofres públicos R$176 mil, entretanto o valor de mercado é R$ 123 mil.
Outro exemplo é a dupla César Menotti e Fabiano que, de acordo com orçamento apresentado pela produtora, cobra R$ 150 mil, porém a prefeitura gastou R$ 162 mil no show. Já o grupo Inimigos do HP que se apresentou na sexta-feira (8) recebeu R$ 77 mil, enquanto o valor apresentado pela produtora foi de R$ 65 mil.
O único show que foi contratado diretamente da produtora LS Music Produções Artísticas LTDA foi do cantor Luan Santana, ao valor de R$ 382 mil. Fato que também causou estranheza já que a mesma apresentação foi comercializada 16% mais barato para a prefeitura de Paraguaçu Paulista (75 quilômetros de Marília). O show ao valor de R$ 320 mil ocorreu durante a 12ª Expo Paraguaçu no último dia 31 de agosto.
As suspeitas de irregularidades não param por aí. A licitação para contratação de tendas para o evento ocorreu no dia 4, primeiro dia da feira, mesma data em que a empresa vencedora instalou as estruturas. Outra evidência é que as tendas foram licitadas ao valor de R$ 88.899 mil, enquanto no ano passado os mesmos produtos custaram R$ 41 mil. “Carta marcada. E outra, foram contratadas mais tendas do que o local suporta”, disse ao Diário um empresário do ramo que não quis se identificar.
No total foram gastos R$ 1,5 milhão no evento. Somente os shows com artistas de renome custaram aos cofres municipais R$ 1.056 milhão.
Pelo menos 90% da festa foram custeados pela secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Poucos recursos foram disponibilizados pela secretaria da Cultura.
Os indícios de irregularidades terminaram na demissão do secretário de Agricultura, Paulo Roberto de Oliveira Junior, e de um assessor da pasta. Há suspeitas de que o assessor teria desviado R$ 80 mil do montante a ser utilizado no pagamento de despesas da festa.
“Paulinho” que coordenou a Examar foi agredido com uma cabeçada na primeira noite da feira, na terça-feira (4). Ele estava em um camarote nas dependências do recinto quando foi cercado por um grupo de pessoas. Logo em seguida, o secretário foi agredido por um dos homens. O ataque teria cunho político e diretamente ligado à organização do evento.
Em média, os valores pagos com dinheiro público pelas apresentações artísticas são 20% maiores que o preço praticado no mercado ou em outras feiras agropecuárias realizadas este ano na região. Em uma breve análise dos valores cobrados pelas produtoras dos artistas nota-se a diferença entre os valores pagos pela prefeitura e o preço de mercado. A maior discrepância é nos valores do show do cantor Eduardo Costa. Para apresentação que encerrou a festa foram retirados dos cofres públicos R$176 mil, entretanto o valor de mercado é R$ 123 mil.
Outro exemplo é a dupla César Menotti e Fabiano que, de acordo com orçamento apresentado pela produtora, cobra R$ 150 mil, porém a prefeitura gastou R$ 162 mil no show. Já o grupo Inimigos do HP que se apresentou na sexta-feira (8) recebeu R$ 77 mil, enquanto o valor apresentado pela produtora foi de R$ 65 mil.
O único show que foi contratado diretamente da produtora LS Music Produções Artísticas LTDA foi do cantor Luan Santana, ao valor de R$ 382 mil. Fato que também causou estranheza já que a mesma apresentação foi comercializada 16% mais barato para a prefeitura de Paraguaçu Paulista (75 quilômetros de Marília). O show ao valor de R$ 320 mil ocorreu durante a 12ª Expo Paraguaçu no último dia 31 de agosto.
As suspeitas de irregularidades não param por aí. A licitação para contratação de tendas para o evento ocorreu no dia 4, primeiro dia da feira, mesma data em que a empresa vencedora instalou as estruturas. Outra evidência é que as tendas foram licitadas ao valor de R$ 88.899 mil, enquanto no ano passado os mesmos produtos custaram R$ 41 mil. “Carta marcada. E outra, foram contratadas mais tendas do que o local suporta”, disse ao Diário um empresário do ramo que não quis se identificar.
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