Nascimento denuncia manobra do PT para trocar vice às vésperas da eleição
Os nomes mais cotados para substituir Joseph Zuza são o de sua mulher, Ana Maria, e do ex-presidente da Matra, Carlos Rodrigues
O vereador Eduardo Nascimento (PTB) revelou segunda-feira (1) na
sessão da Câmara, uma manobra do PT para trocar o candidato a
vice-prefeito às vésperas das eleições de 7 de outubro, sem comunicar os
eleitores. Nascimento diz ter recebido a informação de duas pessoas
influentes, sem citar o nome do Partido dos Trabalhadores. No entanto,
segundo apurou o Diário, Joseph Zuza, vice do PT com Ticiano Toffoli
para prefeito, é o único que possui impedimento para tomar posse caso
seja eleito, em virtude da recente condenação de três anos de prisão e
perda dos direitos políticos por crime contra a ordem tributária.
“Chegou a meu conhecimento de que existe uma chapa de candidato a
prefeito e vice prefeito, e que o candidato a vice estaria com os
direitos políticos cassados e que, com isso, há o impedimento de, se
eleito for, não poder ser diplomado. Se o vice está com os direitos
políticos cassados, se mantido na chapa, contamina a chapa inteira”,
declarou Nascimento na tribuna da Câmara.
O vereador disse ainda que o vice será substituído às vésperas da
eleição sem comunicar a população, que na prática estaria elegendo outro
candidato. “Isso precisa ser esclarecido. Onde está a ética desse
partido que vai permitir que isso ocorra”, questiona. “População vai às
urnas imaginando que votará naquele candidato e, sem conhecimento estará
votando em outro, que estará na urna no dia da eleição. A população não
pode ser induzida a votar em um candidato e, na verdade, votar em
outro. Eu acredito que pode ser verdade porque me foi passado por um
membro do próprio partido”, revela Nascimento.
Após a declaração do vereador e ao longo de todo o dia de ontem, o
assunto era o mais comentado na Câmara. O presidente da casa Yoshio
Takaoka confirmou que as conversas giram em torno do vice do PT Joseph
Zuza e que a mais indicada para substituí-lo seria sua própria mulher
Ana Maria ou o ex-presidente da ONG Matra, Carlos Rodrigues.
A troca surpresa, na surdina, já ocorreu na região, conforme lembra o
vereador Nascimento. Nas eleições de 2008, em Oriente, o candidato a
prefeito Paulinho foi substituído por sua mãe.
“Os (eleitores) mais atentos conseguiram detectar. Alguns acharam que
estavam votando nele e acabaram votando na mãe. Graças a Deus não foi
eleita. Toninho Moris foi eleito legitimamente pelo povo de Oriente”,
disse Nascimento. “Pode-se usar desse expediente. É só comunicar o
cartório eleitoral, não dá tempo da mídia nem da população ficar
sabendo”, esclarece o vereador sobre a mudança repentina de candidatos.
Nascimento finaliza seu discurso dizendo que a manobra até pode ser
legal, mas é imoral. “Não podemos numa cidade como Marília nos encontrar
numa situação dessa. Confio na decência e dignidade dos dirigentes
partidários, mas se permitirem isso, como vai ficar depois, como vai
ficar o partido, como vai ficar a candidatura diante da população? O
pleito precisa ser transparente. Se realmente isso ocorrer estaremos
diante de um problema sério. Onde está a questão ética do partido? Se
for realmente trocar o candidato tem que comunicar a população, que tem
que ir às urnas sabendo em quem vai votar, sem ser induzida a erro.”
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Nascimento denuncia manobra do PT para trocar vice às vésperas da eleição
Os nomes mais cotados para substituir Joseph Zuza são o de sua mulher, Ana Maria, e do ex-presidente da Matra, Carlos Rodrigues
O vereador Eduardo Nascimento (PTB) revelou segunda-feira (1) na
sessão da Câmara, uma manobra do PT para trocar o candidato a
vice-prefeito às vésperas das eleições de 7 de outubro, sem comunicar os
eleitores. Nascimento diz ter recebido a informação de duas pessoas
influentes, sem citar o nome do Partido dos Trabalhadores. No entanto,
segundo apurou o Diário, Joseph Zuza, vice do PT com Ticiano Toffoli
para prefeito, é o único que possui impedimento para tomar posse caso
seja eleito, em virtude da recente condenação de três anos de prisão e
perda dos direitos políticos por crime contra a ordem tributária.
“Chegou a meu conhecimento de que existe uma chapa de candidato a prefeito e vice prefeito, e que o candidato a vice estaria com os direitos políticos cassados e que, com isso, há o impedimento de, se eleito for, não poder ser diplomado. Se o vice está com os direitos políticos cassados, se mantido na chapa, contamina a chapa inteira”, declarou Nascimento na tribuna da Câmara.
O vereador disse ainda que o vice será substituído às vésperas da eleição sem comunicar a população, que na prática estaria elegendo outro candidato. “Isso precisa ser esclarecido. Onde está a ética desse partido que vai permitir que isso ocorra”, questiona. “População vai às urnas imaginando que votará naquele candidato e, sem conhecimento estará votando em outro, que estará na urna no dia da eleição. A população não pode ser induzida a votar em um candidato e, na verdade, votar em outro. Eu acredito que pode ser verdade porque me foi passado por um membro do próprio partido”, revela Nascimento.
Após a declaração do vereador e ao longo de todo o dia de ontem, o assunto era o mais comentado na Câmara. O presidente da casa Yoshio Takaoka confirmou que as conversas giram em torno do vice do PT Joseph Zuza e que a mais indicada para substituí-lo seria sua própria mulher Ana Maria ou o ex-presidente da ONG Matra, Carlos Rodrigues.
A troca surpresa, na surdina, já ocorreu na região, conforme lembra o vereador Nascimento. Nas eleições de 2008, em Oriente, o candidato a prefeito Paulinho foi substituído por sua mãe.
“Os (eleitores) mais atentos conseguiram detectar. Alguns acharam que estavam votando nele e acabaram votando na mãe. Graças a Deus não foi eleita. Toninho Moris foi eleito legitimamente pelo povo de Oriente”, disse Nascimento. “Pode-se usar desse expediente. É só comunicar o cartório eleitoral, não dá tempo da mídia nem da população ficar sabendo”, esclarece o vereador sobre a mudança repentina de candidatos.
Nascimento finaliza seu discurso dizendo que a manobra até pode ser legal, mas é imoral. “Não podemos numa cidade como Marília nos encontrar numa situação dessa. Confio na decência e dignidade dos dirigentes partidários, mas se permitirem isso, como vai ficar depois, como vai ficar o partido, como vai ficar a candidatura diante da população? O pleito precisa ser transparente. Se realmente isso ocorrer estaremos diante de um problema sério. Onde está a questão ética do partido? Se for realmente trocar o candidato tem que comunicar a população, que tem que ir às urnas sabendo em quem vai votar, sem ser induzida a erro.”
“Chegou a meu conhecimento de que existe uma chapa de candidato a prefeito e vice prefeito, e que o candidato a vice estaria com os direitos políticos cassados e que, com isso, há o impedimento de, se eleito for, não poder ser diplomado. Se o vice está com os direitos políticos cassados, se mantido na chapa, contamina a chapa inteira”, declarou Nascimento na tribuna da Câmara.
O vereador disse ainda que o vice será substituído às vésperas da eleição sem comunicar a população, que na prática estaria elegendo outro candidato. “Isso precisa ser esclarecido. Onde está a ética desse partido que vai permitir que isso ocorra”, questiona. “População vai às urnas imaginando que votará naquele candidato e, sem conhecimento estará votando em outro, que estará na urna no dia da eleição. A população não pode ser induzida a votar em um candidato e, na verdade, votar em outro. Eu acredito que pode ser verdade porque me foi passado por um membro do próprio partido”, revela Nascimento.
Após a declaração do vereador e ao longo de todo o dia de ontem, o assunto era o mais comentado na Câmara. O presidente da casa Yoshio Takaoka confirmou que as conversas giram em torno do vice do PT Joseph Zuza e que a mais indicada para substituí-lo seria sua própria mulher Ana Maria ou o ex-presidente da ONG Matra, Carlos Rodrigues.
A troca surpresa, na surdina, já ocorreu na região, conforme lembra o vereador Nascimento. Nas eleições de 2008, em Oriente, o candidato a prefeito Paulinho foi substituído por sua mãe.
“Os (eleitores) mais atentos conseguiram detectar. Alguns acharam que estavam votando nele e acabaram votando na mãe. Graças a Deus não foi eleita. Toninho Moris foi eleito legitimamente pelo povo de Oriente”, disse Nascimento. “Pode-se usar desse expediente. É só comunicar o cartório eleitoral, não dá tempo da mídia nem da população ficar sabendo”, esclarece o vereador sobre a mudança repentina de candidatos.
Nascimento finaliza seu discurso dizendo que a manobra até pode ser legal, mas é imoral. “Não podemos numa cidade como Marília nos encontrar numa situação dessa. Confio na decência e dignidade dos dirigentes partidários, mas se permitirem isso, como vai ficar depois, como vai ficar o partido, como vai ficar a candidatura diante da população? O pleito precisa ser transparente. Se realmente isso ocorrer estaremos diante de um problema sério. Onde está a questão ética do partido? Se for realmente trocar o candidato tem que comunicar a população, que tem que ir às urnas sabendo em quem vai votar, sem ser induzida a erro.”
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