28/05/2014 15h00
- Atualizado em
28/05/2014 15h41
CPI mista será comandada pelo mesmo presidente da CPI do Senado
Vital do Rêgo (PMDB) presidirá as comissões que investigarão a Petrobras.
Deputado Marco Maia, ex-presidente da Câmara, será o relator da CPMI.
CPI
mista da Petrobras será presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB);
deputado Marco Maia (PT-RS) será o relator. (Foto: Priscilla Mendes /
G1)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar denúncias contra a Petrobras
será comandada pelo mesmo presidente da CPI exclusiva do Senado que
apura as suspeitas contra a estatal do petróleo. Os 16 deputados e 16
senadores que compõem a comissão mista elegeram nesta quarta-feira (28) o
senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para a presidência do colegiado. O
parlamentar governista desempenha a mesma função na CPI do Senado.
Diante de uma expressiva maioria governista, a oposição sofreu sua
primeira derrota na CPI mista. Apesar de integrar um partido da base
aliada, o deputado Enio Bacci (PDT-RS) se lançou para a vaga de
presidente da comissão, contrariando a orientação do governo, tendo ao
seu lado, como candidato a vice, o líder do oposicionista Solidariedade,
Fernando Francischini (PR).
Apoiado pelos governistas, o senador Vital do Rêgo obteve 19 votos,
contra 10 votos de Enio Bacci. Já o senador Gim Argello (PTB-DF), que se
candidatou a vice-presidente da CPI pela base aliada, teve 18 votos,
contra 11 de Francischini.
A instalação da CPI mista atende aos apelos da oposição, que se recusou
a participar da comissão restrita ao Senado por considerá-la “chapa
branca”. Ainda que o colegiado misto também seja composto
majoritariamente por parlamentares governistas (24 integrantes são da
base aliada e oito são da oposição), os aliados da presidente Dilma Rousseff
na Câmara são considerados menos “fiéis” que os do Senado. Por isso, os
oposicionistas acreditam que, com a presença dos deputados, as
investigações sobre a Petrobras poderão ser aprofundadas.
Ao assumir a presidência da CPI mista na tarde desta quarta, Vital do
Rêgo disse que agirá “no estrito cumprimento dos regimentos do Senado e
da Câmara” e garantiu que respeitará o “voto” dos parlamentares nas
decisões do colegiado.
“É sempre motivo muito honroso para mim dividir com vossas excelências
quaisquer missões, das mais fáceis às mais espinhosas. Todas com
espírito público e consciência do dever ante o Brasil e os brasileiros.
Esta é mais uma missão para todos nós”, disse o senador do PMDB.
Esta é a terceira CPI comandada por Vital do Rêgo nesta legislatura. Em
2012, o senador presidiu a comissão parlamentar mista de inquérito que
investigou as relações do bicheiro goiano Carlinhos Cachoeira com
políticos e empresários.
saiba mais
Relator
Após ser empossado presidente da CPI mista, o senador Vital do Rêgo
indicou o deputado Marco Maia (RS-PT) para a relatoria dos trabalhos da
comissão. O petista, que presidiu a Câmara dos Deputados de 2011 a 2013,
terá a missão de elaborar o documento final da CPMI, no qual poderá
sugerir o indiciamento de pessoas envolvidas. O PT também está à frente
da relatoria da comissão exclusiva do Senado, com o senador José
Pimentel (CE).
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28/05/2014 15h00
- Atualizado em
28/05/2014 15h41
CPI mista será comandada pelo mesmo presidente da CPI do Senado
Vital do Rêgo (PMDB) presidirá as comissões que investigarão a Petrobras.
Deputado Marco Maia, ex-presidente da Câmara, será o relator da CPMI.
Diante de uma expressiva maioria governista, a oposição sofreu sua primeira derrota na CPI mista. Apesar de integrar um partido da base aliada, o deputado Enio Bacci (PDT-RS) se lançou para a vaga de presidente da comissão, contrariando a orientação do governo, tendo ao seu lado, como candidato a vice, o líder do oposicionista Solidariedade, Fernando Francischini (PR).
Apoiado pelos governistas, o senador Vital do Rêgo obteve 19 votos, contra 10 votos de Enio Bacci. Já o senador Gim Argello (PTB-DF), que se candidatou a vice-presidente da CPI pela base aliada, teve 18 votos, contra 11 de Francischini.
A instalação da CPI mista atende aos apelos da oposição, que se recusou a participar da comissão restrita ao Senado por considerá-la “chapa branca”. Ainda que o colegiado misto também seja composto majoritariamente por parlamentares governistas (24 integrantes são da base aliada e oito são da oposição), os aliados da presidente Dilma Rousseff na Câmara são considerados menos “fiéis” que os do Senado. Por isso, os oposicionistas acreditam que, com a presença dos deputados, as investigações sobre a Petrobras poderão ser aprofundadas.
Ao assumir a presidência da CPI mista na tarde desta quarta, Vital do Rêgo disse que agirá “no estrito cumprimento dos regimentos do Senado e da Câmara” e garantiu que respeitará o “voto” dos parlamentares nas decisões do colegiado.
“É sempre motivo muito honroso para mim dividir com vossas excelências quaisquer missões, das mais fáceis às mais espinhosas. Todas com espírito público e consciência do dever ante o Brasil e os brasileiros. Esta é mais uma missão para todos nós”, disse o senador do PMDB.
Esta é a terceira CPI comandada por Vital do Rêgo nesta legislatura. Em 2012, o senador presidiu a comissão parlamentar mista de inquérito que investigou as relações do bicheiro goiano Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários.
saiba mais
RelatorApós ser empossado presidente da CPI mista, o senador Vital do Rêgo indicou o deputado Marco Maia (RS-PT) para a relatoria dos trabalhos da comissão. O petista, que presidiu a Câmara dos Deputados de 2011 a 2013, terá a missão de elaborar o documento final da CPMI, no qual poderá sugerir o indiciamento de pessoas envolvidas. O PT também está à frente da relatoria da comissão exclusiva do Senado, com o senador José Pimentel (CE).
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