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Postado em 17/09/2014 às 01:00

Família protesta contra morte de recém-nascido no Materno Infantil

Na tarde de segunda-feira, a Polícia registrou o caso como homicídio culposo

Categoria: Polícia

AVÔ - João Nunes, avô paterno protesta falta de acompanhamento médico no HM - Ricardo Prado
BENEDITO HENRIQUE

Em clima de emoção e revolta, a auxiliar de escrita Thaís Verônica Moreira Marcon, 24, e o esposo Renan Nunes da Silva, 25, enterraram ontem (16) de manhã o corpo de Arthur, que seria o primeiro filho do casal, caso não tivesse nascido morto. O parto aconteceu segunda-feira (15) de manhã no hospital Materno Infantil. A família alega descaso e falha médica. O caso será investigado pela Polícia Civil e por uma comissão interna do hospital.
Segundo a família, no último domingo (14), às 15h30, a gestante de 39 semanas apresentava sinais de dilatação e buscou atendimento no hospital Gota de Leite. Os profissionais da instituição pediram que a paciente aguardasse a evolução do trabalho de parto, mas em seguida, a maternidade encaminhou Thaís ao hospital Materno Infantil.
“Pelo fato de a minha nora ter hipertireoidismo, ela teve que ser encaminhada ao HM (Materno Infantil)”, disse João Nunes da Silva, pai de Renan, em entrevista ao Diário, na manhã de ontem, durante o velório da criança.
A Gota de Leite confirma a informação e em nota esclarece que “a paciente foi atendida na instituição, no dia 14 e, mediante a avaliação de que se tratava de um caso de alta complexidade, a parturiente foi encaminhada ao Hospital Materno-Infantil (HMI) seguindo o protocolo da Secretaria Municipal da Saúde.”
Conforme relatou a família, Thaís foi levada ao HM por volta de 21h. No Materno Infantil, ela foi atendida por enfermeiros e um médico residente. Os profissionais teriam avaliado que a dilatação apresentada era insuficiente para o nascimento do bebê.
João Nunes revela que a nora permaneceu a madrugada sem acompanhamento médico. Renan confirma a versão apresentada pelo avô. Segundo eles, os funcionários realizaram o exame de toque, porém, o coração da criança não teria sido examinado. Ele diz ainda que a esposa sofria muitas contrações e dores.
No Boletim de Ocorrência, a família revela que uma outra médica prestou atendimento a Thaís mas que não conversou com os familiares.
“Só fizeram a cesariana para retirar o meu filho que estava sem vida. Antes disso, eu pedi para que passassem e olhassem para minha esposa. Ninguém me atendeu”, revela Renan.
O parto aconteceu segunda-feira (15) às 9h30 quando a equipe médica confirmou o óbito da criança. A família desconhece as causas da morte já que o bebê era perfeito e a mãe fez o Pré-Natal adequadamente. Na tarde de segunda-feira, o representante comercial José Aparecido Marcon, 53, avô materno, procurou o plantão e registrou ocorrência contra o hospital Materno Infantil.
No intuito de apurar as causas do óbito, a Polícia Civil instaurou inquérito para apuração do crime de homicídio culposo - quando não há intenção de matar. “Eu vou para televisão, rádio, internet. Eu quero que nos ajudem. O meu filho pediu ajuda aos médicos e ninguém nos deu atenção”, disse o avô João Nunes.
A família pede esclarecimentos e providências ao HM.
“Eu quero justiça. Quantas crianças mais terão o mesmo destino? Eu quero saber por que não passaram para ver a minha esposa durante a noite. Ela não tinha condições de fazer parto normal, tinha que fazer uma cesariana e foi feita tarde demais”, protesta Renan.
Em nota, o Hospital Materno Infantil se pronunciou sobre a morte do recém-nascido.
“A Superintendência do Complexo Assistencial Famema informa que os fatos ocorridos no parto da gestante estão sendo apurados pela Diretoria Técnica da Unidade Hospitalar. Todos os profissionais envolvidos no procedimento serão ouvidos (...)”, revela o comunicado.

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