sábado, 15 de setembro de 2012

UBS fica sem medicamentos até dia 20

Segundo relato dos moradores, o problema, que ocorre com frequência na unidade, se intensificou nas últimas semanas

ABSURDO - Silvia reclama da falta de remédio na UBS do Jânio Quadros - Foto: Paulo Cansini
Há duas semanas sem um único medicamento, a UBS Jânio Quadros, vem prejudicando toda a população da zona norte da cidade. Para piorar o quadro de quem necessita, o posto de saúde só vai receber remédios dia 20 de setembro, segundo previsão da secretaria da saúde.
Segundo relato dos moradores, o problema, que ocorre com frequência no local, se intensificou nas últimas semanas. Segundo a babá Silvia Helena Alves de Oliveira, 42, o principal medicamento que costuma faltar são os indicados para hipertensão e que geralmente são de uso contínuo.
“Sempre temos problemas com falta de medicamentos, meus pais utilizam remédio para pressão alta, mas raramente temos acesso. Sempre eles precisam comprar e gastam em torno de R$ 30 a caixa, para quem ganha um salário mínimo pesa bastante no orçamento”, afirma Silvia.
A dona de casa Gabriela Leite, 24, teve problema com falta de medicamento na manhã de ontem. Segundo ela, seu filho Luan Eduardo,3, está com alergia e o médico receitou poli vitamina e outros remédios. Porém, ao chegar na farmácia da UBS não encontrou o produto indicado no receituário. “Sempre tenho problema com falta de remédios. Com os dois medicamentos receitados devo gastar em torno de R$ 50. Não posso esperar até o dia 20”, desabafa Gabriela.
Enquanto a reportagem do jornal Diário esteve no local uma funcionária da unidade informou que a equipe não poderia entrar no posto e que qualquer informação deveria ser solicitada na secretaria municipal de Saúde.
Durante a tarde de ontem a reportagem tentou contato com o secretário municipal de Saúde, Julio Zorzetto, que não retornou. A assessoria de imprensa da prefeitura prossegue com o sistema de boicote ao Jornal Diário e também não respondeu a solicitação.
Em entrevista no início do ano, Zorzetto afirmou que medidas relacionadas à entrega de medicamentos estavam em andamento para amenizar os prejuízos à população. Porém, após nove meses a situação continua a mesma.




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