Procurador: Bolsonaro é suspeito de improbidade na Câmara
Representação diz respeita à filha de Fabrício Queiroz, lotada em Brasília enquanto atuava como personal trainer no Rio
27 fev 2019
17h46
atualizado às 17h56
O procurador Carlos Henrique Martins de Lima, do Distrito Federal,
enviou uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro à
Procuradoria-Geral da República, em que aponta suspeitas de improbidade
administrativa e peculato.
A representação aponta possíveis irregularidades na atuação da
ex-assessora Nathália Melo de Queiroz, que estava no gabinete de
Bolsonaro na Câmara dos Deputados enquanto, segundo o documento, como
personal trainer no Rio de Janeiro, em horário comercial.
A suspeita é de que a funcionária não tenha exercido a função para qual
foi nomeada. Nathália é filha do motorista Fabrício Queiroz, que foi
assessor do senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj), quando o filho do presidente era deputado estadual.
O motorista, por sua vez, é investigado pelo Ministério Público do Rio
de Janeiro por movimentações financeiras atípicas, identificadas pelo
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O gabinete de
Bolsonaro atestou a frequência de Nathália em Brasília.
Após o envio da representação, cabe agora à Procuradora-Geral da
República, Raquel Dodge, avaliar se abre ou não uma investigação
envolvendo o presidente com base na representação de Lima.
O procurador ressalta, no documento, que a Constituição impede que o
presidente da República seja responsabilizado por fatos anteriores à
posse, mas argumenta que é possível abrir investigação sobre o caso.
"Nada impede que o Presidente da República seja investigado e
responsabilizado na esfera cível e, na esfera penal, veja a investigação
por tais atos ter regular andamento, entendimento partilhado pela atual
Procuradora-Geral da República", escreve o procurador na representação.
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