ABSOLVIDO - Jurados consideraram justas as motivações do pedreiro que cometeu crime passional - Paulo Cansini
O Tribunal do Júri
de Marília, por maioria, decidiu absolver o pedreiro Alexandro Mateus
de Souza, 28 anos, acusado de matar um policial militar aposentado em
2010, na estrada Marília-Avencas, zona oeste da cidade. O réu confessou o
crime, mas alegou legítima defesa.
O julgamento começou às 10 horas, com a escolha de dois homens e
cinco mulheres para compor o júri. Souza foi ouvido e reiterou a
confissão, mas disse que agiu para proteger a própria vida, já que teria
sido ameaçado e estava sendo agredido pelo policial da reserva. A desavença entre eles teria motivos passionais.
O promotor de justiça Rafael Abujamra manteve a denúncia de homicídio
doloso (com a intenção de matar) e qualificado (emboscada ou uso de
meio que dificultou a defesa da vítima). Para o promotor, não ficou
comprovada a ameaça à vida do pedreiro que justificasse os disparos
contra o policial.
O advogado de defesa
Rubens Neres Sant’Anna alegou ainda, em favor do réu, a desvantagem
física que ele teria frente ao policial militar, que já o teria
intimidado e possuía meios de concretizar a ameaça.
Com a absolvição nesta quarta-feira,
Souza passou pelo seu segundo julgamento. Na primeira vez que sentou-se
no banco dos réus, ele foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu
e conseguiu a anulação. Agora, os recursos se esgotaram.
O CRIME
Ananias Carlos dos Santos, de 48 anos, conhecido como Tiba, morreu
com dois tiros disparados contra o tórax e o abdômen, nas proximidades
do Jardim Flamingo. Ele teria chegado de carro
até o local, onde encontrou o desafeto. Segundo a versão do pedreiro,
houve discussão e ameaça, antes dos disparos. Santos foi socorrido em
uma viatura da própria Polícia Militar, mas morreu pouco após chegar no
Pronto Socorro do Hospital das Clínicas.
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