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Postado em 08/03/2014 às 01:00
Casos de violência contra a mulher cresce 166% em Marília, revela SSP
A Delegacia de Defesa da Mulher registrou mais de 400 ocorrências este ano; em janeiro foram registrados 8 casos de estupro
ESPECIALIZADA - A DDM fica na rua Luiz Pereira Barreto, 201, no bairro Maria Izabel - Arquivo
BENEDITO HENRIQUE
Estatística divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado
de São Paulo aponta que no mês de janeiro Marília registrou um aumento
de 166% nos casos de violência contra a mulher. Segundo o balanço, no
primeiro mês do ano, a Polícia Militar e a Delegacia de Defesa da Mulher
foram comunicadas sobre oito casos de estupro. Em 2013, apenas três
ocorrências do gênero foram registrados.
Dados da DDM revelam ainda que desde o início deste ano até ontem,
haviam sido registradas 449 ocorrências referentes a todos os crimes que
envolvem violência. Entre os principais estão ameaça e lesão corporal
dolosa.
A violência é realidade na vida das mulheres em todo o mundo. Apesar
disso, a Delegada Titular da DDM, Viviane Boacnin Yoneda Sponchiado,
destaca que no Brasil a mulher mostra-se mais consciente dos seus
direitos. Esse avanço também é atribuído à Lei Maria da Penha que
incentiva a denúncia e pune com mais rigor os autores de agressões
físicas e/ou verbais praticadas contra a mulher. A delegacia
especializada promove ações que tem por objetivo levar o conhecimento às
vítimas de violência.
“As mulheres devem denunciar seus agressores e para sua segurança há a
possibilidade de concessão de medidas protetivas de urgência. Elas
estão mais conscientes sobre os seus direitos e para agir nós dependemos
delas”, comenta a delegada.
NAM
Um grande aliado em Marília na luta contra a violência doméstica é o
NAM (Núcleo de Apoio Multidisciplinar), órgão subordinado à DDM. O
núcleo conta com o trabalho de uma equipe acompanhada pela Assistente
Social Juliene Santana da Costa, que dá todo o suporte às mulheres
física ou moralmente violentadas.
Ela é responsável por assistir e acolher as vítimas, encaminhar para
atendimento psicológico e de saúde e mediar conflitos familiares, além
de outras atribuições. Segundo a delegada, essas medidas são importantes
para aliar o trabalho policial ao assistencial. Viviane destaca ainda a
gama de órgãos responsáveis por receber e apurar denúncias de violência
contra a mulher.
“Para as mulheres que querem denunciar uma violência hoje os meios de
acesso à Polícia Civil são muito amplos. As vítimas podem registrar a
sua ocorrência no plantão policial, DDM ou ainda, dependendo da
natureza, através do site da Polícia Civil”, frisa.
A página eletrônica para as comunicações de violência contra a mulher
é www.policiacivil.sp.gov.br na Delegacia Eletrônica. Outra forma de
denunciar é através do telefone 197.
“Ressalto que para o sucesso do nosso trabalho é muito importante a
participação da vítima que precisa denunciar o seu agressor, assim
poderemos protegê-la e oferecer todas as garantias previstas na Lei
Maria da Penha”, encerra a delegada Viviane Boacnin Yoneda Sponchiado.
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