Pela volta da Bolsa-Escola e das Frentes de Trabalho
Quem, com mais de 40 anos, não se lembra das Frentes de
Trabalho? Era como o governo federal “ajudava” as vítimas nas secas do
nordeste, milhares de açudes foram construídos assim. E por que lembrei
disso? Porque o Bolsa-Família mostrou seu enorme fracasso na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados agora em setembro.
O mais gritante foi a taxa de analfabetismo que não só parou de cair, como registrou um pequeno aumento entre 2011 e 2012. Na faixa dos 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever representa 8,7% da população, ou 13,163 milhões de pessoas. A região mais preocupante é a do Nordeste, com 17,4% no total e 27% na faixa de 15 anos ou mais de idade. Eles representam 54% no país. Justamente a região que mais recebe Bolsa- Família e onde o PT tem mais votos.
O Pnad 2012 mostra que os Estados de Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Bahia tiveram os maiores aumentos nas taxas de analfabetismo e Alagoas tem o maior índice.
A pesquisa ainda mostra as dificuldades de manter adolescentes nas salas de aula. Na faixa dos 15 aos 17 anos, a presença na escola é de 84,2% dessa faixa e entre os jovens de 18 a 24 anos, apenas 29,4% estudam. Piorou, já que no ano anterior, eram 28,9%. Por que desistem? Grande parte por causa da repetência, problema que quase não existe na Progressão Continuada, eleita erradamente como causa do fracasso escolar em São Paulo... Só que esse estado é, junto com Minas, onde se tem a melhor educação pública do país...
O ensino médio também não dá ênfase na educação profissional e é pouco oferecida no meio rural. De tão óbvio, não se entende por que não se oferecem cursos profissionais e agrícolas. Uma bolsa de estudos caberia perfeitamente aqui também.
Não custa lembrar que o FHC criou a Bolsa-Escola, cuja porta de saída era a educação. Em 2002, entrou o Lula que matou a Bolsa-Escola e criou a Bolsa-Família e esta criou essa massa de analfabetos... E ganhando dinheiro federal, ou seja, o nosso!
Se o governo federal criasse um “Mais Professores” para aqueles 13 milhões de brasileiros analfabetos, precisaria de uns quatrocentos mil professores. Nem 20 milhões de reais por ano. Para todo o ensino médio, de 4 a 6 anos. Quanto se gastou de propaganda para o “Mais Médicos” até agora?
Para agravar essa situação, o IBGE encontrou 3,518 milhões de jovens de 5 a 17 anos que trabalhavam em 2012 no Brasil. Sendo que houve crescimento, em relação ao ano anterior, de 82 mil trabalhadores na faixa de 16 a 17 anos. E a redução que houve foi de meninos, as meninas continuam sendo as mais exploradas. Que tipo de Bolsa além da Escola poderei eu reivindicar?
E o Pnad 2012 ainda revela que 42,9% dos domicílios do Brasil continuam sem rede de esgoto, quase 27 milhões de lares. E ainda temos 9 milhões de domicílios sem rede de água tratada. Não custa lembrar a necessidade premente de cisternas no Nordeste. Está aí outra oportunidade de Frente de Trabalho para um milhão de trabalhadores do nordeste, que muitos, hoje, não procuram emprego ou preferem não registrar na Carteira de Trabalho com medo de perder aquilo que o Lula já chamou de bolsa-esmola.
Mario Eugênio Saturno
Tecnologista Sênior do INPE
O mais gritante foi a taxa de analfabetismo que não só parou de cair, como registrou um pequeno aumento entre 2011 e 2012. Na faixa dos 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever representa 8,7% da população, ou 13,163 milhões de pessoas. A região mais preocupante é a do Nordeste, com 17,4% no total e 27% na faixa de 15 anos ou mais de idade. Eles representam 54% no país. Justamente a região que mais recebe Bolsa- Família e onde o PT tem mais votos.
O Pnad 2012 mostra que os Estados de Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Bahia tiveram os maiores aumentos nas taxas de analfabetismo e Alagoas tem o maior índice.
A pesquisa ainda mostra as dificuldades de manter adolescentes nas salas de aula. Na faixa dos 15 aos 17 anos, a presença na escola é de 84,2% dessa faixa e entre os jovens de 18 a 24 anos, apenas 29,4% estudam. Piorou, já que no ano anterior, eram 28,9%. Por que desistem? Grande parte por causa da repetência, problema que quase não existe na Progressão Continuada, eleita erradamente como causa do fracasso escolar em São Paulo... Só que esse estado é, junto com Minas, onde se tem a melhor educação pública do país...
O ensino médio também não dá ênfase na educação profissional e é pouco oferecida no meio rural. De tão óbvio, não se entende por que não se oferecem cursos profissionais e agrícolas. Uma bolsa de estudos caberia perfeitamente aqui também.
Não custa lembrar que o FHC criou a Bolsa-Escola, cuja porta de saída era a educação. Em 2002, entrou o Lula que matou a Bolsa-Escola e criou a Bolsa-Família e esta criou essa massa de analfabetos... E ganhando dinheiro federal, ou seja, o nosso!
Se o governo federal criasse um “Mais Professores” para aqueles 13 milhões de brasileiros analfabetos, precisaria de uns quatrocentos mil professores. Nem 20 milhões de reais por ano. Para todo o ensino médio, de 4 a 6 anos. Quanto se gastou de propaganda para o “Mais Médicos” até agora?
Para agravar essa situação, o IBGE encontrou 3,518 milhões de jovens de 5 a 17 anos que trabalhavam em 2012 no Brasil. Sendo que houve crescimento, em relação ao ano anterior, de 82 mil trabalhadores na faixa de 16 a 17 anos. E a redução que houve foi de meninos, as meninas continuam sendo as mais exploradas. Que tipo de Bolsa além da Escola poderei eu reivindicar?
E o Pnad 2012 ainda revela que 42,9% dos domicílios do Brasil continuam sem rede de esgoto, quase 27 milhões de lares. E ainda temos 9 milhões de domicílios sem rede de água tratada. Não custa lembrar a necessidade premente de cisternas no Nordeste. Está aí outra oportunidade de Frente de Trabalho para um milhão de trabalhadores do nordeste, que muitos, hoje, não procuram emprego ou preferem não registrar na Carteira de Trabalho com medo de perder aquilo que o Lula já chamou de bolsa-esmola.
Mario Eugênio Saturno
Tecnologista Sênior do INPE
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