sexta-feira, 5 de abril de 2013

José Vicente partiu e venceu as adversidades

Questionado se costuma vir a Marília com frequência, Vicente diz que pelo menos de três em três meses visita a família

SAUDADE - José Vicente vem a Marília pelo menos a cada três meses para visitar a família
Clel Ribeiro

José Vicente é um reitor que luta contra o preconceito racial. Aos 51 anos, o advogado e sociólogo que começou trabalhando como boia-fria aqui em Marília, chefia a Zumbi dos Palmares, única universidade de maioria negra no país.
Ele saiu do Morro do Querosene, onde foi criado, aos 20 anos para trabalhar como soldado na polícia militar na capital paulista, tendo cursado somente até o 2º ano do Ensino Médio. Recentemente, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, José Vicente abriu o coração e disse: “Tive um choque. Eu mal sabia segurar o revólver e estava caçando bandido. Caramba, entrei em crise, pensei em me jogar do viaduto”.
Mas sua missão naquela metrópole era maior. Foi então que ele colocou a cabeça no lugar, foi estudar Direito, depois Sociologia. E depois começou a semear o sonho da Zumbi dos Palmares.
Apesar de sua infância difícil na periferia de Marília, o menino Vicente não esqueceu dos melhores momentos que viveu por aqui. “Gostava dos jogos do MAC contra o Norusca (Noroeste de Bauru), dos desfiles das bandas marciais do Senac, Cristo Rei e da Associação de Ensino, nas quais toquei, e também dos festivais da canção”, relembra.
Em entrevista ao Jornal Diário, o reitor lembra ainda dos campeonatos de várzea. “Sinto falta de quando jogava no Corinthians do Sapo e no inferninho do morro do querosene”.
Questionado se costuma vir a Marília com frequência, Vicente diz que pelo menos de três em três meses vem visitar irmãos, sobrinhos, primos e cunhados. E aproveitar para relembrar momentos de sua infância na cidade.




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