Após confusão, árbitro encerra jogo, e São Paulo conquista Sul-Americana
Argentinos acusam PM de ameaçá-los com
armas de fogo no vestiário e se recusam a voltar para o segundo tempo.
Diante disso, arbitragem encerrou a partida
A final da Copa Sul-Americana entre São Paulo e Tigre entra para a
história como um jogo que não teve fim, mas com um campeão: o Tricolor.
Acusando a Polícia Militar de tê-los ameaçados com armas de fogo no
vestiário, os jogadores do time argentino se recusaram a voltar para o
segundo tempo, e o árbitro chileno Enrique Osses se viu obrigado a
suspender a partida. O placar marcava 2 a 0 para o Tricolor.
Depois de mais de 30 minutos esperando pela volta do Tigre, a
arbitragem decretou o jogo como encerrado, dando o título ao São Paulo.
Enquanto os jogadores brasileiros comemoravam, dirigentes argentinos
invadiram o gramado para protestar contra a arbitragem. A Conmebol ainda
não se pronunciou, mas, em tese, prevalece a decisão do árbitro, de ter
encerrado a partida no intervalo.
A confusão começou no campo, logo após o fim do primeiro tempo,
quando o atacante Lucas passou pelo lateral-esquerdo Orban oferecendo a
ele, de forma irônica, o chumaço de algodão que estancava o sangramento
em sua narina direita. Lucas havia sido atingido pelo argentino pouco
antes.
Lucas, em entrevista à TV Globo, disse não ter provocado ninguém. Ele
lamentou, na verdade, que os argentinos estivessem abusando da
violência em campo. “Se a equipe deles quer bater, temos de responder na
bola”, disse Lucas, ainda sem saber da suspensão do jogo.
A primeira partida da decisão entre São Paulo e Tigre, na Bombonera,
na quarta-feira passada, já havia tido confusão. O atacante Luis
Fabiano, do Tricolor, e o zagueiro Donatti, do Tigre, foram expulsos
após se agredirem em campo.
Na terça-feira, mais polêmica: o Tricolor impediu o Tigre de treinar
no Morumbi, sob alegação de que o gramado, castigado após a realização
de um show da cantora Madonna, precisava ser preservado. Os argentinos
tiveram de treinar no Canindé.
Horas antes do jogo no Morumbi, mais confusão. Os jogadores do Tigre
tentaram fazer o aquecimento no gramado, mas foram novamente impedidos,
desta vez com truculência, por seguranças do São Paulo.
JOGO
Em campo, o São Paulo se mostrou superior ao Tigre durante toda a
primeira etapa. O time tomava a iniciativa, mas encontrava uma forte
marcação pela frente. As pontas, principais válvulas de escape no
esquema de Ney Franco, foram muito bem bloqueadas por Nestor Gorosito,
técnico do Tigre. Lucas e Osvaldo tinham vigilância severa.
Com isso, a chave do jogo estava no meio. E Jadson, no primeiro lance
em que teve espaço para jogar, criou a jogada do gol do São Paulo. Aos
22, quando o São Paulo tinha 65% de posse de bola, contra 35% do rival,
ele achou Willian José na entrada da área. O atacante recuou para o
camisa 10, que foi travado no chute. Na sobra, Lucas fintou o marcador e
bateu cruzado, de pé esquerdo, no canto esquerdo de Albil: 1 a 0, festa
no Morumbi e choro do camisa 7, que foi abraçado pelos companheiros.
O Tigre mal se recuperou do primeiro golpe e levou o segundo. Aos 28,
Lucas deu ótima assistência para Osvaldo, que invadiu a área pelo lado
direito e bateu por cima de Albil, com muita categoria: 2 a 0.
Imediatamente, começou a ecoar o grito no Morumbi.
Com o título praticamente perdido, os argentinos perderam a
compostura. Aos 39, Orban acertou uma cotovelada em Lucas, que caiu com o
nariz sangrando. Enrique Osses nem falta marcou e ainda advertiu o
são-paulino, que precisou ser atendido fora de campo. Quando voltou, foi
acertado novamente, desta vez por Godoy, que levou cartão amarelo.
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Após confusão, árbitro encerra jogo, e São Paulo conquista Sul-Americana
Argentinos acusam PM de ameaçá-los com
armas de fogo no vestiário e se recusam a voltar para o segundo tempo.
Diante disso, arbitragem encerrou a partida
A final da Copa Sul-Americana entre São Paulo e Tigre entra para a
história como um jogo que não teve fim, mas com um campeão: o Tricolor.
Acusando a Polícia Militar de tê-los ameaçados com armas de fogo no
vestiário, os jogadores do time argentino se recusaram a voltar para o
segundo tempo, e o árbitro chileno Enrique Osses se viu obrigado a
suspender a partida. O placar marcava 2 a 0 para o Tricolor.
Depois de mais de 30 minutos esperando pela volta do Tigre, a arbitragem decretou o jogo como encerrado, dando o título ao São Paulo. Enquanto os jogadores brasileiros comemoravam, dirigentes argentinos invadiram o gramado para protestar contra a arbitragem. A Conmebol ainda não se pronunciou, mas, em tese, prevalece a decisão do árbitro, de ter encerrado a partida no intervalo.
A confusão começou no campo, logo após o fim do primeiro tempo, quando o atacante Lucas passou pelo lateral-esquerdo Orban oferecendo a ele, de forma irônica, o chumaço de algodão que estancava o sangramento em sua narina direita. Lucas havia sido atingido pelo argentino pouco antes.
Lucas, em entrevista à TV Globo, disse não ter provocado ninguém. Ele lamentou, na verdade, que os argentinos estivessem abusando da violência em campo. “Se a equipe deles quer bater, temos de responder na bola”, disse Lucas, ainda sem saber da suspensão do jogo.
A primeira partida da decisão entre São Paulo e Tigre, na Bombonera, na quarta-feira passada, já havia tido confusão. O atacante Luis Fabiano, do Tricolor, e o zagueiro Donatti, do Tigre, foram expulsos após se agredirem em campo.
Na terça-feira, mais polêmica: o Tricolor impediu o Tigre de treinar no Morumbi, sob alegação de que o gramado, castigado após a realização de um show da cantora Madonna, precisava ser preservado. Os argentinos tiveram de treinar no Canindé.
Horas antes do jogo no Morumbi, mais confusão. Os jogadores do Tigre tentaram fazer o aquecimento no gramado, mas foram novamente impedidos, desta vez com truculência, por seguranças do São Paulo.
JOGO
Em campo, o São Paulo se mostrou superior ao Tigre durante toda a primeira etapa. O time tomava a iniciativa, mas encontrava uma forte marcação pela frente. As pontas, principais válvulas de escape no esquema de Ney Franco, foram muito bem bloqueadas por Nestor Gorosito, técnico do Tigre. Lucas e Osvaldo tinham vigilância severa.
Com isso, a chave do jogo estava no meio. E Jadson, no primeiro lance em que teve espaço para jogar, criou a jogada do gol do São Paulo. Aos 22, quando o São Paulo tinha 65% de posse de bola, contra 35% do rival, ele achou Willian José na entrada da área. O atacante recuou para o camisa 10, que foi travado no chute. Na sobra, Lucas fintou o marcador e bateu cruzado, de pé esquerdo, no canto esquerdo de Albil: 1 a 0, festa no Morumbi e choro do camisa 7, que foi abraçado pelos companheiros.
O Tigre mal se recuperou do primeiro golpe e levou o segundo. Aos 28, Lucas deu ótima assistência para Osvaldo, que invadiu a área pelo lado direito e bateu por cima de Albil, com muita categoria: 2 a 0. Imediatamente, começou a ecoar o grito no Morumbi.
Com o título praticamente perdido, os argentinos perderam a compostura. Aos 39, Orban acertou uma cotovelada em Lucas, que caiu com o nariz sangrando. Enrique Osses nem falta marcou e ainda advertiu o são-paulino, que precisou ser atendido fora de campo. Quando voltou, foi acertado novamente, desta vez por Godoy, que levou cartão amarelo.
Depois de mais de 30 minutos esperando pela volta do Tigre, a arbitragem decretou o jogo como encerrado, dando o título ao São Paulo. Enquanto os jogadores brasileiros comemoravam, dirigentes argentinos invadiram o gramado para protestar contra a arbitragem. A Conmebol ainda não se pronunciou, mas, em tese, prevalece a decisão do árbitro, de ter encerrado a partida no intervalo.
A confusão começou no campo, logo após o fim do primeiro tempo, quando o atacante Lucas passou pelo lateral-esquerdo Orban oferecendo a ele, de forma irônica, o chumaço de algodão que estancava o sangramento em sua narina direita. Lucas havia sido atingido pelo argentino pouco antes.
Lucas, em entrevista à TV Globo, disse não ter provocado ninguém. Ele lamentou, na verdade, que os argentinos estivessem abusando da violência em campo. “Se a equipe deles quer bater, temos de responder na bola”, disse Lucas, ainda sem saber da suspensão do jogo.
A primeira partida da decisão entre São Paulo e Tigre, na Bombonera, na quarta-feira passada, já havia tido confusão. O atacante Luis Fabiano, do Tricolor, e o zagueiro Donatti, do Tigre, foram expulsos após se agredirem em campo.
Na terça-feira, mais polêmica: o Tricolor impediu o Tigre de treinar no Morumbi, sob alegação de que o gramado, castigado após a realização de um show da cantora Madonna, precisava ser preservado. Os argentinos tiveram de treinar no Canindé.
Horas antes do jogo no Morumbi, mais confusão. Os jogadores do Tigre tentaram fazer o aquecimento no gramado, mas foram novamente impedidos, desta vez com truculência, por seguranças do São Paulo.
JOGO
Em campo, o São Paulo se mostrou superior ao Tigre durante toda a primeira etapa. O time tomava a iniciativa, mas encontrava uma forte marcação pela frente. As pontas, principais válvulas de escape no esquema de Ney Franco, foram muito bem bloqueadas por Nestor Gorosito, técnico do Tigre. Lucas e Osvaldo tinham vigilância severa.
Com isso, a chave do jogo estava no meio. E Jadson, no primeiro lance em que teve espaço para jogar, criou a jogada do gol do São Paulo. Aos 22, quando o São Paulo tinha 65% de posse de bola, contra 35% do rival, ele achou Willian José na entrada da área. O atacante recuou para o camisa 10, que foi travado no chute. Na sobra, Lucas fintou o marcador e bateu cruzado, de pé esquerdo, no canto esquerdo de Albil: 1 a 0, festa no Morumbi e choro do camisa 7, que foi abraçado pelos companheiros.
O Tigre mal se recuperou do primeiro golpe e levou o segundo. Aos 28, Lucas deu ótima assistência para Osvaldo, que invadiu a área pelo lado direito e bateu por cima de Albil, com muita categoria: 2 a 0. Imediatamente, começou a ecoar o grito no Morumbi.
Com o título praticamente perdido, os argentinos perderam a compostura. Aos 39, Orban acertou uma cotovelada em Lucas, que caiu com o nariz sangrando. Enrique Osses nem falta marcou e ainda advertiu o são-paulino, que precisou ser atendido fora de campo. Quando voltou, foi acertado novamente, desta vez por Godoy, que levou cartão amarelo.
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