domingo, 4 de novembro de 2012

Por tentativa de assassinato em 2006, advogado e policial rodoviário vão a júri

João Simão Neto e Ademílson Domingos Lima sentam no banco dos réus na próxima quinta-feira acusados de serem os mandantes do crime contra Almir Adauto Marcelo

FLAGRA - Tentativa de assassinato foi registrado pelas câmeras de segurança
O advogado João Simão Neto, 61, e o policial rodoviário federal Ademílson Domingos Lima, 43, sentam no banco dos réus na próxima quinta-feira (8) acusados de serem os mandantes da tentativa de assassinato do motorista Almir Adauto Marcelo, confundido com o jornalista José Ursílio Souza e Silva, em crime ocorrido em julho de 2006 no centro da cidade. O julgamento está previsto para às 9h e é aberto ao público.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Simão Neto e Lima teriam contratado Evandro Quini e sua amásia, Luverci Luque, para matar o jornalista. No dia 17 de julho, os réus foram até Garça para buscar o casal e identificar Ursílio.
No final da manhã seguinte, o pistoleiro viu Almir deixando o prédio da CMN, localizado na rua Coronel Galdino, e confundindo-o com o jornalista, o seguiu até um edifício onde o carro da vítima estava estacionado, na rua Maranhão.
O criminoso sacou uma pistola, apontou para a cabeça da vítima e apertou o gatilho, no entanto a bala não foi disparada, já que o projétil não estava na agulha. Em seguida, os dois entraram em luta corporal, a vítima levou uma coronhada e mais um tiro foi disparado, desta vez acertando o próprio criminoso.
A Polícia Militar foi acionada e encontrou Quini em uma das travessas da rua São Luiz. Ele estava ferido e corria com dificuldades. O pistoleiro também já havia retirado a camisa e carregava no bolso de trás da calça o pente da pistola usada no crime. Ao ser abordado, ele teria dito por três vezes que teria assassinado Ursílio.
A ligação de Simão Neto e Lima no crime teria sido descoberta através de interceptações telefônicas promovidas pela Polícia Federal. A dupla foi indiciada pelos crimes de tentativa de homicídio duplamente qualificada (mediante paga e recurso que dificultou a defesa da vítima).
Quini e Luvervi foram julgados em junho de 2008. Por maioria de votos, o corpo de jurados acolheu em parte o pedido do Ministério Público e condenou a dupla por tentativa de homicídio qualificada (recurso que dificultou a defesa da vítima). O pistoleiro pegou nove anos e quatro meses de prisão, enquanto a sua ex-amásia, sete anos, nove meses e dez dias de reclusão.
Por outro lado, a qualificadora de mediante paga foi rejeitada pelo tribunal. Caso o júri siga o mesmo caminho, Simão Neto e Lima devem ser absolvidos. Este é o único julgamento popular previsto para acontecer nesta semana, porém uma nova semana de júris está prevista para o final deste mês.




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