segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Em crise, Palmeiras começa plano para fugir do rebaixamento

Técnico Gilson Kleina admite que time precisará de aproveitamento de campeão nas próximas rodadas para evitar degola. Primeiro desafio é hoje contra Náutico

CONFIANÇA - Gilson Kleina diz que Palmeiras precisará de atitude
Desfalques, torcida irada, diretoria batendo cabeça e moral lá embaixo depois de perder a “decisão” contra o Coritiba, no meio da semana. Para piorar, a admissão do próprio treinador, Gilson Kleina, de que o time precisa de aproveitamento de campeão nas próximas rodadas.
Este é o Palmeiras que entra em campo hoje, às 16h, contra o Náutico, com o rebaixamento cada vez mais se tornando uma realidade.
“Precisamos de um aproveitamento de campeão e ele só virá com atitude. Precisamos de tranquilidade mesmo nessa situação. Ninguém vai desistir, desanimar ou abaixar a cabeça”, disse Kleina.
Ele se apega ao aproveitamento do Fluminense, que lidera o Brasileiro nove pontos à frente do Grêmio, o vice, e com incríveis 74,7% dos pontos conquistados.
Se os cariocas mantiverem a média, serão os campeões com o melhor aproveitamento desde que a fórmula de pontos corridos foi adotada no campeonato, em 2003.
Com algo próximo de 75% dos pontos, o Palmeiras, atualmente o 18º colocado com 26 pontos, chegaria a 47, o que, pelo histórico dos Brasileiros, evitaria a queda.
Conquistar hoje, em Recife, a primeira das sete vitórias que precisa será uma dura missão para Kleina e seus comandados. A começar pelo número de desfalques. São três jogadores suspensos - Daniel Carvalho, Maurício Ramos e Henrique -, dois machucados - Valdivia e Juninho - e outro, Barcos, servindo a seleção argentina.
SACRIFÍCIO
Mas mesmo aqueles que vão a campo têm problemas. Marcos Assunção, por exemplo, está jogando com dor no joelho direito. Maikon Leite atua com incômodo na coxa e no tornozelo esquerdos. Leandro, o substituto de Juninho, está fora de ritmo, já que foi contratado há um mês, mas antes estava parado há 15 meses porque pensava em se aposentar. “Por isso é preciso achar o atalho no campo”, disse.
Kleina não revelou o time que vai a campo. Assunção pode ser poupado e há dúvida sobre o substituto de Maurício Ramos, que pode ser Román ou Leandro Amaro.
Os dois jogos seguidos fora de São Paulo - quarta será contra o Bahia, em Salvador - foram internamente comemorados no elenco. A torcida fez ameaças na derrota para o Coritiba, pichou muros do clube e os atletas foram aconselhados a evitar locais públicos até o fim do ano.
Para completar a aflição, o presidente Arnaldo Tirone e seu vice, Roberto Frizzo, entraram em conflito sobre o acerto com o lateral Ayrton, do Coritiba. O negócio está certo, mas Tirone não gostou do anúncio em meio à crise.


Antes rival, Coritiba agora vira aliado do Verdão

Na quarta-feira, o principal adversário. Hoje, o grande aliado. O Coritiba, que venceu o Palmeiras e deixou o time em situação delicadíssima no Brasileiro, enfrenta hoje o Bahia, no Paraná, e terá a torcida dos paulistas.
Três times estão empatados em pontos, com 35, logo acima da zona do rebaixamento. Contra dois deles o Palmeiras ainda joga nesta reta final: Bahia e Flamengo.
Caso o Coritiba vença hoje os baianos e o Palmeiras consiga os seis pontos contra Náutico e também ante o Bahia, a diferença para sair da degola, hoje em nove pontos, pode ser de apenas três já na próxima semana.
“Precisamos manter o foco e vencer, não importa a maneira, mas temos que ganhar”, disse Gilson Kleina.
A grande diferença de pontos para os times que estão hoje se salvando faz com que o Palmeiras não dependa só de suas forças para sair dessa situação e tenha que torcer para outros.
O ponto positivo é que confrontos diretos entre essas equipes que o Palmeiras caça fazem com que haja a perda de pontos, como a que vai ocorrer entre Coritiba e Bahia.
“O importante é vencer nossos jogos e esquecer do resto. Não depender de você é duro”, disse o volante Marcos Assunção.
A perda do mando de quatro partidas também foi considerada por Kleina como um fator importante de dificuldade. O time vai mandar mais três partidas em Araraquara - o público de pouco mais de 10 mil pessoas contra o Coritiba foi considerado desanimador pelo clube.
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