Dilma veta aumento real e prejudica mais de 10 mil aposentados em Marília
Sindicato reivindica reajuste de 7%, presidente somente aprovou aumento de 4,5% referente à inflação do período
Os aposentados do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social),
que recebem acima de um salário mínimo (R$ 622), terão o benefício
reajustado apenas com o índice da inflação deste ano, previsto em 4,5%. A
presidente Dilma Rousseff vetou da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) a proposta que previa a valorização do benefício da
previdência. Em Marília existem 30 mil aposentados e pensionistas, sendo
que 10.500 recebem mais de um salário mínimo. A média salarial paga
pela Previdência é de R$ 822. Desse total, 3.484 das aposentadorias
derivaram de invalidez. Em toda a região o total de aposentados pelo
INSS é de aproximadamente 130 mil.
O aposentado Gilberto Rego, 77, é um dos casos da Previdência que
recebe acima do mínimo e não está satisfeito com o salário que recebe.
“Faz muitos anos que não recebemos reajuste acima da inflação, isso é um
absurdo, pois trabalhamos a vida inteira e quando se aposenta recebe
pouco. Sem contar que gastamos muito com os custos de vida da idade, que
inclui altos gastos com remédios, se tiver um problema sério de saúde,
não sei como irei fazer”, desabafa.
No ano passado os aposentados que recebem acima do salário mínimo
também não tiveram aumento real no salário. Além de rejeitar melhorias
na Previdência, a presidente sancionou na última segunda-feira (20) a
LDO com veto de 32 propostas.
Segundo a presidente do Sindicato dos Aposentados de Marília, Maria
Emilia Padovan, os aposentados que recebem acima do salário mínimo não
receberam aumento real no último ano e, levando em consideração que o
reajuste do salário mínimo esse ano será inferior do que o ano passado, o
reajuste para os aposentados que recebem acima do mínimo será novamente
prejudicado. “Com o veto da presidente ficou muito complicado da
categoria receber aumento além da inflação. Eu acho difícil, mas os
representantes do sindicato estão no Brasil para continuar lutando por
melhorias na aposentadoria. A reivindicação é que o reajuste seja de 7%,
mesmo valor que será dado ao salário mínimo. A última esperança dos
aposentados é a inclusão de uma emenda na proposta da LOA (Lei
Orçamentária Anual).”, explica Maria Emília.
A sindicalista explica que a perda salarial dos aposentados que
recebem acima de um salário mínimo é crescente nos últimos anos. Segundo
ela, há casos em Marília de pessoas que se aposentaram há 10 anos e
sofreram perda de cerca de 60% no valor salarial. Segundo dados da Cobap
(Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), como em 2012 o
aumento não foi acima da inflação, a perda salarial dos aposentados que
recebem acima do mínimo, desde janeiro de 1994 até junho, foi
registrada em 76%.
“Temos um associado que aposentou ganhando R$ 2800, hoje 10 anos
depois o valor caiu e ele recebe apenas R$ 1100. Outros se aposentaram
ganhando cinco salários, hoje recebem três, isso acontece porque o
aumento não acompanha as perdas e em muitos casos é abaixo da inflação.
Eu acredito que a presidente faz isso com objetivo de igualar os
salários de todos os aposentados, mas é injusto porque uns trabalham
mais do que outros, investem em formação e no final da vida recebem
pouco”, afirma a presidente do sindicato dos aposentados de Marília.
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Dilma veta aumento real e prejudica mais de 10 mil aposentados em Marília
Sindicato reivindica reajuste de 7%, presidente somente aprovou aumento de 4,5% referente à inflação do período
Os aposentados do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social),
que recebem acima de um salário mínimo (R$ 622), terão o benefício
reajustado apenas com o índice da inflação deste ano, previsto em 4,5%. A
presidente Dilma Rousseff vetou da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) a proposta que previa a valorização do benefício da
previdência. Em Marília existem 30 mil aposentados e pensionistas, sendo
que 10.500 recebem mais de um salário mínimo. A média salarial paga
pela Previdência é de R$ 822. Desse total, 3.484 das aposentadorias
derivaram de invalidez. Em toda a região o total de aposentados pelo
INSS é de aproximadamente 130 mil.
O aposentado Gilberto Rego, 77, é um dos casos da Previdência que recebe acima do mínimo e não está satisfeito com o salário que recebe. “Faz muitos anos que não recebemos reajuste acima da inflação, isso é um absurdo, pois trabalhamos a vida inteira e quando se aposenta recebe pouco. Sem contar que gastamos muito com os custos de vida da idade, que inclui altos gastos com remédios, se tiver um problema sério de saúde, não sei como irei fazer”, desabafa.
No ano passado os aposentados que recebem acima do salário mínimo também não tiveram aumento real no salário. Além de rejeitar melhorias na Previdência, a presidente sancionou na última segunda-feira (20) a LDO com veto de 32 propostas.
Segundo a presidente do Sindicato dos Aposentados de Marília, Maria Emilia Padovan, os aposentados que recebem acima do salário mínimo não receberam aumento real no último ano e, levando em consideração que o reajuste do salário mínimo esse ano será inferior do que o ano passado, o reajuste para os aposentados que recebem acima do mínimo será novamente prejudicado. “Com o veto da presidente ficou muito complicado da categoria receber aumento além da inflação. Eu acho difícil, mas os representantes do sindicato estão no Brasil para continuar lutando por melhorias na aposentadoria. A reivindicação é que o reajuste seja de 7%, mesmo valor que será dado ao salário mínimo. A última esperança dos aposentados é a inclusão de uma emenda na proposta da LOA (Lei Orçamentária Anual).”, explica Maria Emília.
A sindicalista explica que a perda salarial dos aposentados que recebem acima de um salário mínimo é crescente nos últimos anos. Segundo ela, há casos em Marília de pessoas que se aposentaram há 10 anos e sofreram perda de cerca de 60% no valor salarial. Segundo dados da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), como em 2012 o aumento não foi acima da inflação, a perda salarial dos aposentados que recebem acima do mínimo, desde janeiro de 1994 até junho, foi registrada em 76%.
“Temos um associado que aposentou ganhando R$ 2800, hoje 10 anos depois o valor caiu e ele recebe apenas R$ 1100. Outros se aposentaram ganhando cinco salários, hoje recebem três, isso acontece porque o aumento não acompanha as perdas e em muitos casos é abaixo da inflação. Eu acredito que a presidente faz isso com objetivo de igualar os salários de todos os aposentados, mas é injusto porque uns trabalham mais do que outros, investem em formação e no final da vida recebem pouco”, afirma a presidente do sindicato dos aposentados de Marília.
O aposentado Gilberto Rego, 77, é um dos casos da Previdência que recebe acima do mínimo e não está satisfeito com o salário que recebe. “Faz muitos anos que não recebemos reajuste acima da inflação, isso é um absurdo, pois trabalhamos a vida inteira e quando se aposenta recebe pouco. Sem contar que gastamos muito com os custos de vida da idade, que inclui altos gastos com remédios, se tiver um problema sério de saúde, não sei como irei fazer”, desabafa.
No ano passado os aposentados que recebem acima do salário mínimo também não tiveram aumento real no salário. Além de rejeitar melhorias na Previdência, a presidente sancionou na última segunda-feira (20) a LDO com veto de 32 propostas.
Segundo a presidente do Sindicato dos Aposentados de Marília, Maria Emilia Padovan, os aposentados que recebem acima do salário mínimo não receberam aumento real no último ano e, levando em consideração que o reajuste do salário mínimo esse ano será inferior do que o ano passado, o reajuste para os aposentados que recebem acima do mínimo será novamente prejudicado. “Com o veto da presidente ficou muito complicado da categoria receber aumento além da inflação. Eu acho difícil, mas os representantes do sindicato estão no Brasil para continuar lutando por melhorias na aposentadoria. A reivindicação é que o reajuste seja de 7%, mesmo valor que será dado ao salário mínimo. A última esperança dos aposentados é a inclusão de uma emenda na proposta da LOA (Lei Orçamentária Anual).”, explica Maria Emília.
A sindicalista explica que a perda salarial dos aposentados que recebem acima de um salário mínimo é crescente nos últimos anos. Segundo ela, há casos em Marília de pessoas que se aposentaram há 10 anos e sofreram perda de cerca de 60% no valor salarial. Segundo dados da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), como em 2012 o aumento não foi acima da inflação, a perda salarial dos aposentados que recebem acima do mínimo, desde janeiro de 1994 até junho, foi registrada em 76%.
“Temos um associado que aposentou ganhando R$ 2800, hoje 10 anos depois o valor caiu e ele recebe apenas R$ 1100. Outros se aposentaram ganhando cinco salários, hoje recebem três, isso acontece porque o aumento não acompanha as perdas e em muitos casos é abaixo da inflação. Eu acredito que a presidente faz isso com objetivo de igualar os salários de todos os aposentados, mas é injusto porque uns trabalham mais do que outros, investem em formação e no final da vida recebem pouco”, afirma a presidente do sindicato dos aposentados de Marília.
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