Número de mortes decorrentes da Aids já é maior que em todo o ano passado
De acordo com dados da secretaria de saúde, estatística mostra que os homens fazem parte do maior número de óbitos
O número de mortes causadas pela Aids em Marília já é 20% maior
que as notificadas em todo o ano passado, quando ocorreram cinco óbitos.
Até abril deste ano, último balanço da secretaria da Saúde, seis
pacientes faleceram na cidade. Os dados revelam que o contingente dos
homens é o que apresenta a maioria das mortes.
Em 2012, cinco pessoas do sexo masculino entre 35 e 49 anos morreram
por conta da Aids. No ano passado, foram quatro, entre 15 e 64 anos. Já
no caso das mulheres, em 2012 uma pessoa do sexo feminino morreu em
decorrência da Aids, na faixa de idade entre 35 e 49 anos. No ano
passado, o óbito registrado foi de uma mulher na faixa de 20 e 34 anos.
Já em relação aos novos casos da doença, até abril deste ano foram 12
notificações, representando 15% do total registrado em 2011, quando 76
contraíram a doença. Desses pacientes, três homens têm entre 35 a 49
anos, dois de 50 a 64 anos, um de 20 a 34 e um de 10 a 14 anos. Do sexo
feminino, contraíram a doença cinco mulheres, sendo três de 35 a 49 anos
e dois de 50 a 64 anos.
Segundo a coordenadora do programa municipal de DST/AIDS e Hepatites,
Mara Franco Bueno Karklis, os dados em relação aos óbitos são relativos
devido à maneira como foram computados. “Os dados são computados pelo
Ministério, que às vezes, são em relação a 2011, mas entraram na
estatística este ano, por isso é relativo”, explica.
Entretanto, ela aponta que devido aos efeitos colaterais causados
pelos anti retro virais, muitas pessoas deixam de fazer corretamente o
tratameno, diminuindo os anos de vida.
“Os anti retro virais causam dor de barriga, febre, enjoo, vomito e
muita gente deixa de usar por conta disso. Como a dosagem é diária,
acaba sendo um tanto incomodo, mas esta é a única maneira de poder
prolongar os anos de vida. Graças a eles, hoje é possível envelhecer com
AIDS”, termina.
Gays e dependentes estão mais vulneráveis
Segundo dados da Secretaria da Saúde, homens que fazem sexo com
outros homens e usuários de drogas que compartilham a mesma seringa ou
até mesmo não se preocupam em usar camisinha devido ao comportamento
vulnerável durante o efeito da droga estão entre os grupos de pessoas
mais infectadas pela AIDS.
Para Mara, os novos casos da doença não estão relacionados à falta de
informação. “Sempre será necessário levar a informação que usar a
camisinha é necessário, mas mesmo assim, hoje não podemos dizer que o
mundo não sabe disso, o que falta é se conscientizar”, frisa.
A coordenadora diz que a falta de consciência é presente ainda em
muitos casos. “O maior erro é das pessoas acharem que aquilo não vai
acontecer com elas. Não usam a camisinha. A única maneira de evitar as
DST é usando camisinha. E se usuários de drogas, que usem suas próprias
seringas”, fala.
A orientação quando detectada a doença, segundo a coordenadora, é
aderir ao tratamento anti retro virais. Segundo Mara, outra importante
questão a ser abordada é que pessoas que contraíram AIDS, mesmo quando
estão em um relacionamento com outra pessoa que também possui a doença,
também usem a camisinha. “A AIDS tem cargas virais diferentes e fazer
sexo sem camisinha com outra pessoa que tem a doença é prejudicial. Por
isso em todos os âmbitos, a camisinha é a única maneira de combater a
contração e de evitar que a situação seja ainda pior”, diz.
O programa municipal realiza em todo município um trabalho de
conscientização, principalmente no carnaval. Durante o ano,
coordenadoria faz orientações em empresas e escolas distribuindo
preservativos e informativos sobre o combate as doenças sexualmente
transmissíveis, a AIDS e a Hepatite.
Compartilhe
0 Comentário(s)
Escreva o seu comentário
Mais Destaques
Publicidade
Número de mortes decorrentes da Aids já é maior que em todo o ano passado
De acordo com dados da secretaria de saúde, estatística mostra que os homens fazem parte do maior número de óbitos
O número de mortes causadas pela Aids em Marília já é 20% maior que as notificadas em todo o ano passado, quando ocorreram cinco óbitos. Até abril deste ano, último balanço da secretaria da Saúde, seis pacientes faleceram na cidade. Os dados revelam que o contingente dos homens é o que apresenta a maioria das mortes.
Em 2012, cinco pessoas do sexo masculino entre 35 e 49 anos morreram por conta da Aids. No ano passado, foram quatro, entre 15 e 64 anos. Já no caso das mulheres, em 2012 uma pessoa do sexo feminino morreu em decorrência da Aids, na faixa de idade entre 35 e 49 anos. No ano passado, o óbito registrado foi de uma mulher na faixa de 20 e 34 anos.
Já em relação aos novos casos da doença, até abril deste ano foram 12 notificações, representando 15% do total registrado em 2011, quando 76 contraíram a doença. Desses pacientes, três homens têm entre 35 a 49 anos, dois de 50 a 64 anos, um de 20 a 34 e um de 10 a 14 anos. Do sexo feminino, contraíram a doença cinco mulheres, sendo três de 35 a 49 anos e dois de 50 a 64 anos.
Segundo a coordenadora do programa municipal de DST/AIDS e Hepatites, Mara Franco Bueno Karklis, os dados em relação aos óbitos são relativos devido à maneira como foram computados. “Os dados são computados pelo Ministério, que às vezes, são em relação a 2011, mas entraram na estatística este ano, por isso é relativo”, explica.
Entretanto, ela aponta que devido aos efeitos colaterais causados pelos anti retro virais, muitas pessoas deixam de fazer corretamente o tratameno, diminuindo os anos de vida.
“Os anti retro virais causam dor de barriga, febre, enjoo, vomito e muita gente deixa de usar por conta disso. Como a dosagem é diária, acaba sendo um tanto incomodo, mas esta é a única maneira de poder prolongar os anos de vida. Graças a eles, hoje é possível envelhecer com AIDS”, termina.
Gays e dependentes estão mais vulneráveis
Segundo dados da Secretaria da Saúde, homens que fazem sexo com outros homens e usuários de drogas que compartilham a mesma seringa ou até mesmo não se preocupam em usar camisinha devido ao comportamento vulnerável durante o efeito da droga estão entre os grupos de pessoas mais infectadas pela AIDS.
Para Mara, os novos casos da doença não estão relacionados à falta de informação. “Sempre será necessário levar a informação que usar a camisinha é necessário, mas mesmo assim, hoje não podemos dizer que o mundo não sabe disso, o que falta é se conscientizar”, frisa.
A coordenadora diz que a falta de consciência é presente ainda em muitos casos. “O maior erro é das pessoas acharem que aquilo não vai acontecer com elas. Não usam a camisinha. A única maneira de evitar as DST é usando camisinha. E se usuários de drogas, que usem suas próprias seringas”, fala.
A orientação quando detectada a doença, segundo a coordenadora, é aderir ao tratamento anti retro virais. Segundo Mara, outra importante questão a ser abordada é que pessoas que contraíram AIDS, mesmo quando estão em um relacionamento com outra pessoa que também possui a doença, também usem a camisinha. “A AIDS tem cargas virais diferentes e fazer sexo sem camisinha com outra pessoa que tem a doença é prejudicial. Por isso em todos os âmbitos, a camisinha é a única maneira de combater a contração e de evitar que a situação seja ainda pior”, diz.
O programa municipal realiza em todo município um trabalho de conscientização, principalmente no carnaval. Durante o ano, coordenadoria faz orientações em empresas e escolas distribuindo preservativos e informativos sobre o combate as doenças sexualmente transmissíveis, a AIDS e a Hepatite.
O número de mortes causadas pela Aids em Marília já é 20% maior que as notificadas em todo o ano passado, quando ocorreram cinco óbitos. Até abril deste ano, último balanço da secretaria da Saúde, seis pacientes faleceram na cidade. Os dados revelam que o contingente dos homens é o que apresenta a maioria das mortes.
Em 2012, cinco pessoas do sexo masculino entre 35 e 49 anos morreram por conta da Aids. No ano passado, foram quatro, entre 15 e 64 anos. Já no caso das mulheres, em 2012 uma pessoa do sexo feminino morreu em decorrência da Aids, na faixa de idade entre 35 e 49 anos. No ano passado, o óbito registrado foi de uma mulher na faixa de 20 e 34 anos.
Já em relação aos novos casos da doença, até abril deste ano foram 12 notificações, representando 15% do total registrado em 2011, quando 76 contraíram a doença. Desses pacientes, três homens têm entre 35 a 49 anos, dois de 50 a 64 anos, um de 20 a 34 e um de 10 a 14 anos. Do sexo feminino, contraíram a doença cinco mulheres, sendo três de 35 a 49 anos e dois de 50 a 64 anos.
Segundo a coordenadora do programa municipal de DST/AIDS e Hepatites, Mara Franco Bueno Karklis, os dados em relação aos óbitos são relativos devido à maneira como foram computados. “Os dados são computados pelo Ministério, que às vezes, são em relação a 2011, mas entraram na estatística este ano, por isso é relativo”, explica.
Entretanto, ela aponta que devido aos efeitos colaterais causados pelos anti retro virais, muitas pessoas deixam de fazer corretamente o tratameno, diminuindo os anos de vida.
“Os anti retro virais causam dor de barriga, febre, enjoo, vomito e muita gente deixa de usar por conta disso. Como a dosagem é diária, acaba sendo um tanto incomodo, mas esta é a única maneira de poder prolongar os anos de vida. Graças a eles, hoje é possível envelhecer com AIDS”, termina.
Gays e dependentes estão mais vulneráveis
Segundo dados da Secretaria da Saúde, homens que fazem sexo com outros homens e usuários de drogas que compartilham a mesma seringa ou até mesmo não se preocupam em usar camisinha devido ao comportamento vulnerável durante o efeito da droga estão entre os grupos de pessoas mais infectadas pela AIDS.
Para Mara, os novos casos da doença não estão relacionados à falta de informação. “Sempre será necessário levar a informação que usar a camisinha é necessário, mas mesmo assim, hoje não podemos dizer que o mundo não sabe disso, o que falta é se conscientizar”, frisa.
A coordenadora diz que a falta de consciência é presente ainda em muitos casos. “O maior erro é das pessoas acharem que aquilo não vai acontecer com elas. Não usam a camisinha. A única maneira de evitar as DST é usando camisinha. E se usuários de drogas, que usem suas próprias seringas”, fala.
A orientação quando detectada a doença, segundo a coordenadora, é aderir ao tratamento anti retro virais. Segundo Mara, outra importante questão a ser abordada é que pessoas que contraíram AIDS, mesmo quando estão em um relacionamento com outra pessoa que também possui a doença, também usem a camisinha. “A AIDS tem cargas virais diferentes e fazer sexo sem camisinha com outra pessoa que tem a doença é prejudicial. Por isso em todos os âmbitos, a camisinha é a única maneira de combater a contração e de evitar que a situação seja ainda pior”, diz.
O programa municipal realiza em todo município um trabalho de conscientização, principalmente no carnaval. Durante o ano, coordenadoria faz orientações em empresas e escolas distribuindo preservativos e informativos sobre o combate as doenças sexualmente transmissíveis, a AIDS e a Hepatite.
Compartilhe
0 Comentário(s)
-
Escreva o seu comentário
Nenhum comentário:
Postar um comentário