domingo, 1 de julho de 2012

Fim do fator previdenciário deve ser votado nesta semana

As entidades estão insatisfeitas com a exigência do governo de uma idade mínima para as novas aposentadorias

REPRESENTAÇÃO - Deputado Abelardo Camarinha vai votar contra o fator previdenciário - Foto: Arquivo

As centrais sindicais vão pressionar o comando da Câmara dos deputados para colocar em votação nesta semana o projeto de lei que estabelece o fim do fator previdenciário, que em alguns casos reduz em até 40% o valor das aposentadorias. Esse mecanismo foi fixado no início da década passada para evitar aposentadorias precoces no setor privado e leva em consideração idade, tempo de contribuição e expectativa de vida para calcular o benefício. Com isso, quanto menor for a idade em que a pessoa se aposenta, menor será o benefício recebido.
As entidades estão insatisfeitas com a exigência do governo de uma idade mínima para as novas aposentadorias em troca da exclusão do fator. O governo ainda defende uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria dos homens e 60 anos para mulheres
Segundo o advogado do Sindicato dos Aposentados de Marília, Dácio Aleixo, a reivindicação da categoria é para abolição do fator previdenciário de adoção de uma fórmula de cálculo entre a soma da idade, com o tempo de contribuição do trabalhador. A proposta será acúmulo de 85 anos para mulheres e 95 para homens, para receber o benefício integral. Aleixo explica que o cálculo atual para concessão da aposentadoria está prejudicando muitos trabalhadores, especialmente aqueles que começaram no mercado de trabalho mais cedo. “A nova medida, se aprovada, somente valerá para os trabalhadores que se aposentarem após a data da legislação, não alternado em nada a situação das pessoas que já estão aposentadas”.
Entre os deputados que decidirão sobre o futuro dos aposentados está o deputado federal Abelardo Camarinha (PSB), que vai representar Marília e região, votando contra o fator previdenciário. “O fator é um crime contra a classe trabalhadora. Há outras formas de suprir o déficit da previdência. É uma promessa da campanha do Lula e da Dilma de extinguir o fator previdenciário, mas até agora nada foi feito”, afirma Camarinha.




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