ADIADO - Obra do calçadão da Prudente de Moraes foi adiado e não tem data para ser retomada - Paulo Cansini
FABIELE FORTALEZA
Planejado para ser implantado até o final do ano passado, o calçadão
da rua Prudente de Moraes, entre as ruas São Luiz e Nove de Julho, no
centro, foi adiado. Engavetado, o projeto ainda não tem data definida
para voltar à discussão. Segundo a Acim (Associação Comercial e
Industrial de Marília), a prefeitura não tem condições financeiras de
tocar a obra, que ainda não teve o orçamento divulgado. Em 2008, na
construção do calçadão da rua São Luiz foram gastos R$ 70 mil para cada
uma das sete quadras.
O projeto está em discussão desde agosto de 2013 e tem causado muita
repercussão entre os comerciantes. Para alguns, o alargamento das
calçadas e a extinção das vagas de estacionamento pode dificultar o
acesso dos clientes às lojas. Para outros, o projeto tende a melhorar o
fluxo de consumidores no local.
De acordo com a vendedora Letícia Mansão, 25, a obra iria prejudicar
quem já está acostumado a estacionar o carro em frente às lojas.
“Acho até melhor atrasar a obra, assim não impacta nas vendas de
início de ano”, disse a vendedora de uma loja de roupas masculinas e
femininas.
No ano passado o projeto deveria ter saído do papel no primeiro
semestre, entretanto, segundo Libânio Victor Nunes de Oliveira,
presidente da Acim, para não atrapalhar o período da Copa do Mundo, a
construção foi adiada para o ano passado. Contudo, a situação continua a
mesma. De acordo com Libânio, a prefeitura não tem verba para concluir a
obra, já que a administração seria responsável pela mão de obra,
remoção dos postes, serviços de esgoto e galerias.
“Os comerciantes só seriam responsáveis pela colocação das pedras nas
calçadas, mas no momento a prefeitura não pode arcar com essas
despesas. Também não há data para a conclusão do projeto”, esclareceu
Libânio.
Para o cobrador de ônibus Carlos Eduardo Arjona Vettorato, 29, um
novo calçadão iria melhorar o comércio de Marília. “Haveria mais
mobilidade principalmente para deficientes físicos”, apontou.
A reportagem do Diário de Marília procurou a prefeitura, mas a
administração não havia se pronunciado até o momento do fechamento desta
edição.
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